Região de Mauá, Maringá e Maromba é rota turística de primeiro nível
Por Sergio Torres
Visconde de Mauá, destino turístico no alto da Serra da Mantiqueira, não é só um lugarejo. São vários. E também não é uma localidade do Estado do Rio de Janeiro. É também de Minas Gerais, pois as lindas atrações, como cachoeiras, vilas, rios límpidos e trilhas montanha acima, ficam de um lado e de outro da divisa dos dois Estados.
A fama nacional de Mauá – como toda a região é conhecida, apesar das diferenças mencionadas no parágrafo inicial – não vem por acaso. A ida à região propicia aos turistas panoramas naturais de beleza rara.
Tudo começa em Visconde de Mauá, a legítima, digamos assim. Chega-se ao distrito do município de Resende após 35 km de uma estrada estreita, sinuosa e de asfalto nem sempre confiável. A estradinha, que começa na Via Dutra (Rio-São Paulo), alcança os 1.300 metros de altitude e, nos dias claros, proporciona a visão de mirantes à beira de precipícios.
Em Mauá, há bons restaurantes, lojinhas de produtos da região e muita gentileza por parte dos moradores (cerca de 6.000). A 7km dali, ao norte, está Maringá, já em área do município de Itatiaia. A aldeia desenvolveu-se nos dois lados do Rio Preto. A margem esquerda é de Minas Gerais. A direita, do Estado do Rio.
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Do lado mineiro, excelentes restaurantes, lojas e pousadas. Idem do lado fluminense. Basta atravessar a pontezinha de pedestres sobre o encachoeirado rio para ir de um Estado a outro.
A partir da Maringá-RJ, mais 5 km até Maromba, reduto também em Itatiaia. Na Maromba ficam duas das mais frequentadas cachoeiras da região: a do Escorrega, em que o banhista desce na correnteza em declive até um poção de águas cristalinas, e a Santa Clara, em que a erosão rochosa formou uma espécie de poltrona. O turista senta na reentrância de pedra e recebe nas costas a força da água em queda de quase 90 graus.
A temperatura na região é outra atração. Faz frio. Às vezes, muito frio. Afinal, estamos, em alguns trechos, dentro do Parque Nacional de Itatiaia. Mesmo no verão, esfria à noite. No inverno, os termômetros registram até 0º Celsius. Leve agasalhos, portanto.
O que pode trazer de lá
1- Pães artesanais do Bistrô das Meninas (Maringá-MG)
2- Linguiças de porco caruncho, carneiro, coelho e até truta da Fazenda Oásis (Maringá-RJ)
3- Cogumelos do Vale do Pavão (RJ)
4- Trutas frescas e defumadas do Trutário Santa Clara (Maromba)
5- Produtos artesanais de lojas no Rio e em Minas
6- Velas aromáticas da Casa das Velas (Maringá-MG)
7- Cachaça Mágica do Bistrô dos Cogumelos (Maringá-MG)
8- Chocolates e doces de lojas dos lados fluminense e mineiro
A inesquecível Pousada Infinito
Pode parecer lugar comum, mas o adjetivo que se aplica à Pousada Infinito é inesquecível. Não vão aí exageros. Trata-se de um estabelecimento em que a hospedagem fica guardada em um cantinho muito especial da memória.
Criada pelo desembargador José Magalhães Peres, presidente da AMAERJ no biênio 2004-2005, a Infinito fica em uma ruazinha transversal à Alameda Gastronômica Tia Sofia, de passagem turística obrigatória. É o lado mineiro de Maringá, área do município de Bocaina de Minas, cuja sede fica a uns 50 km de distância.
Ao aposentar-se, Peres decidiu tocar o projeto de construir a pousada no terreno que comprara algum tempo antes. Tinha um só objetivo: oferecer o melhor ao hóspede, em todos os aspectos.
Com a ajuda do mulher Tânia, do filho Rodrigo e da nora Tatiana, pôs mãos à obra. Cada chalé é dotado
do que há de mais confortável em hotelaria: colchão king ou queen, roupas de cama confeccionadas em fio
egípcio, lençóis térmicos, calefação, ar-condicionado, mantas e edredons argentinos, toalhas, roupões importados, hidromassagem ou ofurô, TV de LCD, DVD, Internet Wi-Fi, lareira, frigobar e jarra térmica.
Inaugurada em 2009, a Pousada Infinito pertence, hoje, a Rodrigo e Tatiana, que moram ali com as filhas
gêmeas, recebem os hóspedes e cuidam de tudo com esmero e dedicação. Peres e Tânia ainda participam
do dia-a-dia do estabelecimento, mas deixaram para os mais jovens a tarefa de conduzir a Infinito.
São eles, com Tânia, que preparam o requintado café da manhã. A refeição inicial do dia é uma obra de arte. Os alimentos caseiros chegam à mesa aos poucos, com Rodrigo explicando o que são e como foram preparados. Absolutamente excepcional a qualidade de tudo o que é disposto na mesa.
O desembargador Peres e Tânia moram em Maringá (MG), em uma casa no meio da floresta a 2km da pousada. Ele conta que não pensa mais em cidade grande.
“Estou radicado na região há 12 anos. Aqui sou feliz, vivo em meio à natureza, fiz amizades, sinto-me útil e atuante. Em 2022 completarei 80 anos. O exercício da Magistratura muito me satisfez, mas em Maringá sinto-me pleno. Para você ver, não tenho mais nenhum terno”, comentou, sorridente.