O procurador da República Marcelo Miller, que integrava o grupo de trabalho da Lava-Jato em Brasília, pediu exoneração do Ministério Público Federal (MPF). Ele deve sair oficialmente da instituição nos primeiros dias de abril. Miller será sócio de um escritório de advocacia, na área de compliance, que trabalha na prevenção de práticas criminosas dentro de empresas. A saída do procurador é mais um sinal do risco de desinteresse nas carreiras públicas, principalmente a jurídica.
Para magistrados e membros do Ministério Público e da Defensoria Pública, a saída de Miller reflete a perda de interesse de membros, causada pela falta de reajuste do subsídio e a Reforma da Previdência (PEC 287/2016), que afeta a estabilidade na carreira.
Marcelo Miller foi um dos responsáveis por colher depoimentos de delação premiada considerados chave na investigação conduzida pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Desde que Janot foi indicado pela primeira vez para chefiar o Ministério Público, o procurador auxiliar o gabinete do PGR.
A AMAERJ e a AMB lutam pela recomposição financeira da classe e são contra a Reforma da Previdência. As associações dos Magistrados, do Ministério Público, dos Procuradores, dos Defensores Públicos do Rio de Janeiro e dos Juízes Federais do Brasil criaram, em fevereiro, a “Frente pela Previdência Justa”. Os representantes das entidades promoverão reuniões e debates com parlamentares e sociedade civil para discutir o texto da proposta.
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