Dois eventos nesta quarta-feira (10) marcaram o lançamento da campanha “Sinal vermelho contra a violência doméstica”. Pela manhã, solenidade transmitida pelo YouTube do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) reuniu representantes do Sistema de Justiça e de entidades governamentais e privadas. À tarde, em live no perfil de Instagram da campanha, a presidente da AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros) Renata Gil tratou do tema com a madrinha da campanha, a atriz e apresentadora Ana Furtado.
A cerimônia virtual reuniu magistrados e representantes de entidades civis e governamentais, entre eles o presidente do CNJ, ministro Dias Toffoli; o corregedor gral da Justiça, Humberto Martins; e o ministro da Justiça, André Mendonça. A juíza do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro) Adriana Ramos de Mello compareceu ao evento virtual.
A conselheira do CNJ Maria Cristiana Ziouva explicou, no discurso de abertura da cerimônia, que a campanha é uma política pública jurídica que auxiliará no enfrentamento à violência doméstica e familiar, ao oferecer um canal de denúncia silencioso às vítimas.
“É uma campanha de caráter humanitário e de solidariedade social, porém muito simples. Pois, para a diminuição desta estatística tão dramática e triste, dois gestos são necessários. Para a vítima, um ‘X’ na mão. Para a farmácia, uma ligação”, disse Maria Cristiana.
Em seguida, a presidente da AMB destacou a cooperação entre os Poderes para criar políticas de proteção. Falou também no aumento dos números de violência nos Estados e exaltou o ineditismo da campanha. “Estudo recente do Global Access to Justice apontou que nenhum país conseguiu aplicar alguma politica pública coerente e eficiente durante a pandemia no combate à violência contra a mulher. Então, o Brasil é precursor”, afirmou.
O presidente do CNJ, ministro Dias Toffoli, lembrou das ações do Poder Judiciário para aprimorar o combate a este tipo de violência e e destacou a consonância com uma iniciativa mundial.
“O Sistema de Justiça brasileiro está aderindo a uma importante iniciativa global capitaneada pela ONU que tem por objetivo oferecer, com a ajuda de importantes atores e de grande capilaridade social, uma forma ágil de proteger a mulher em situação de violência. A superação da violência de gênero depende de esforços contínuos, que devem envolver a mobilização de toda a sociedade, não só do Estado”, discursou.
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Live no Instagram
A atriz e apresentadora Ana Furtado, madrinha da “Sinal vermelho”, conversou no Instagram da campanha com a presidente da AMB, Renata Gil. ElAas trataram dos diversos aspectos da violência contra a mulher e como a campanha vai atuar. Mais de 450 perfis acompanharam a transmissão.
“A vítima pode apresentar ao atendente ou farmacêutico o sinal ‘X’ vermelho na mão, feito com qualquer material. O atendente disca para o 190, e a mulher aguarda em um canto reservado na farmácia. A Policia Militar chega e a encaminha a uma delegacia, e a rede de proteção é colocada à disposição dela. Os atendentes e farmacêuticos foram treinados para atuar nesta situação”, explicou Renata Gil.
Ana Furtado afirmou que “é imperativo a gente falar desse tema e vibrar por mais uma campanha contra a violência doméstica existir”. A live está disponível no Instagram da campanha por 24 horas.