Notícias | 11 de junho de 2021 14:01

Feminicídio em Niterói motiva reunião de shopping com diretora da AMAERJ

Juíza Juliana Cardoso com Fernanda Sixel, do Codim, e representantes do Plaza Shopping

A juíza Juliana Cardoso (diretora do Departamento de Acompanhamento das Políticas de Atendimento à Mulher e das Varas de Violência Doméstica da AMAERJ) participou, nesta quinta-feira (10), de reunião com representantes do Plaza Shopping, de Niterói, e da Codim (Coordenadoria de Políticas e Direitos das Mulheres), da Prefeitura de Niterói. O centro comercial estuda ações de conscientização e auxílio a mulheres após o feminicídio da estudante Vitórya Melissa Mota, de 22 anos, ocorrido ali no último dia 2.

A Codim foi representada na reunião pela coordenadora Fernanda Sixel e pela chefe de gabinete Yasmin Pimenta. Representaram o Plaza o superintendente Rafael Montenegro, a gerente de Marketing, Aline Piubel, e Matheus Guedes, analista de Marketing.

“Nós, do Plaza Shopping Niterói, iniciamos um importante momento de escuta ativa de pessoas e organizações referências no tema. Estamos estreitando o relacionamento com o Judiciário e firmamos ainda uma parceria com a Codim, para que juntos possamos reforçar os meios de apoio às mulheres. A partir da troca de aprendizados, buscamos encaminhar ações concretas e conjuntas, envolvendo os órgãos responsáveis. Temos a convicção de que se trata de uma agenda prioritária e urgente”, afirmou Aline Piubel.

Na segunda-feira (7), o shopping iniciou campanha de conscientização em seu perfil no Instagram. O encontro desta quinta-feira foi realizado para estruturar um plano de ação com o objetivo de ampliar a assistência a ser oferecida a mulheres. Entre as ações cotadas estão o treinamento de equipes das lojas, de limpeza e segurança e a criação de espaço para atendimento a mulheres vítimas de violência.

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Feminicídio na praça de alimentação

A estudante Vitórya Melissa Mota, de 22 anos, foi morta a facadas na praça de alimentação do Plaza Shopping em 2 de junho. Ela era amiga de classe de Matheus Santos da Silva, de 21 anos, em um curso técnico de enfermagem. O assassino comprou a faca no shopping minutos antes de cometer o crime. A polícia informou que, segundo amigos da vítima, Matheus “nutria um amor não correspondido” por Vitórya. Ele é acusado por feminicídio.

Na segunda-feira (7), a juíza Rachel Assad da Cunha converteu a prisão em flagrante em preventiva. A magistrada rejeitou o argumento da defesa, que pedia a liberdade do preso por suposta proliferação da Covid-19 nos presídios.

“Além disso, a crueldade e ousadia da ação indicam a mais absoluta inadequação do custodiado ao convívio social, já que matou a vítima a facadas, golpeando diversas vezes o seu corpo já caído ao chão, na praça de alimentação do shopping, em horário de grande movimento de pessoas, conduta que somente foi cessada após a intervenção de uma testemunha”, afirmou a magistrada na decisão.

*Com informações de G1