*Agência Brasil
O CNJ (Conselho Nacional de Justiça) divulgou, nesta quarta-feira (16), que cerca de 4,9 mil pessoas condenadas a prisão em segunda instância podem ser beneficiadas caso o STF (Supremo Tribunal Federal) decida pelo cumprimento de pena somente após o trânsito em julgado, quando não há mais possibilidade de recursos a tribunais superiores.
O dado foi extraído do Banco Nacional de Monitoramento de Prisões (BNMP), segundo o qual constam hoje no país 4.895 mandados de prisão expedidos pelo segundo grau das Justiças Federal e Estaduais, informou o CNJ. O número não inclui, por exemplo, penas alternativas à prisão, como multas ou serviços comunitários. O BNMP é atualizado com informações repassadas pelos tribunais de todo o país, nem sempre atualizadas de modo sincronizado, podendo haver imprecisões.
De todo modo, a cifra é bem menor do que os 190 mil presos que vinham sendo considerados como potenciais beneficiários de uma decisão do Supremo em favor do trânsito em julgado, ressaltou o CNJ. O número mais alto se refere a todos os presos provisórios do país, o que inclui também aqueles submetidos a prisões preventivas, mas que ainda não possuem condenações em segundo grau, frisou o órgão.
Em dezembro, quando o ministro Marco Aurélio Mello determinou, por liminar (decisão provisória), a soltura de todos os presos com base em condenações na segunda instância, esse número total de presos provisórios era de 169 mil.
Na ocasião, a PGR (Procuradoria-Geral da República) indicou todos esses 169 mil presos provisórios como potenciais beneficiários da liminar. O número foi depois replicado pelo presidente do Supremo, ministro Dias Toffoli, no despacho em que derrubou a decisão de Marco Aurélio.
Leia também: Recife e São Paulo recebem 4º Fonajuc e 11º Fonavid
CCMJ participa do projeto ‘Caminhos do Brasil – Memória’
Juiz de Barra do Piraí promove palestra sobre carreira na magistratura