Especialistas estrangeiros estão reunidos no Rio de Janeiro para debater temas como mediação, resolução online de litígios (ODR – Online Dispute Resolution) e inteligência artificial (IA). Na abertura do “1º Encontro Latino-Americano de Resolução de Conflitos 4.0 – Uma ruptura inevitável”, nesta segunda-feira (3), o diretor-geral da EMERJ (Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro), André Andrade, destacou a revolução digital na Justiça e as formas alternativas de solução de conflitos.
“Não teria a ousadia de dizer que a forma estatal vertical de resolução de conflitos vai desaparecer, talvez sempre tenhamos a Justiça estatal. Mas tornou-se insustentável a ideia de que esta é a única forma de resolução de conflitos”, disse Andrade, também 1º vice-presidente da AMAERJ.
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“Hoje, e cada vez mais, falamos de mediação, arbitragem, Justiça restaurativa e ODR. Estes e outros tantos meios de resoluções de conflitos são mais democráticos, participativos e horizontais do que a Justiça estatal, que desempenha a sua importante função e ainda é necessária, mas que não é e nem pode pretender ser o único meio de resolução de conflitos.”
Andrade ressaltou que ainda há resistência em usar a inteligência artificial como forma de auxiliar na resolução de conflitos. “A sociedade de massa, a globalização e a tecnologia exigem que pensemos em outros meios. Essa revolução digital, a revolução industrial 4.0 que vivemos, traz outras formas de pensar a Justiça. Isso veio para ficar, é um caminho sem retorno.”
O encontro acontece até esta terça-feira (4) no Auditório Antonio Carlos Amorim da EMERJ (Rua Dom Manuel, s/nº, Centro do Rio de Janeiro). Confira aqui a programação do evento.