Em atividade desde segunda-feira (27), o número 197 é o novo canal de denúncia para vítimas de violência doméstica no Estado do Rio. O número foi criado pela Polícia Civil a pedido da Coem (Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar), do TJ-RJ. O intuito é que a vítima tenha mais opções para registrar ocorrências, diante da dificuldade imposta pelo isolamento social.
Durante a quarentena, a Polícia Civil também criou o canal de registro de ocorrência online. A ideia é auxiliar vítimas que tenham acesso à internet.
“Junto à rede de enfrentamento, que a Polícia Civil integra, conseguimos essas ferramentas. O diferencial em relação aos outros telefones já conhecidos, o Disque 180 e o Disque 190, é este ser destinado a casos de violência doméstica. Por ele, é possível fazer o Registro de Ocorrência sem que a vítima saia de casa”, explicou a desembargadora Suely Magalhães, presidente da Coem.
A magistrada disse que o 197 atende aos que têm dificuldades de acesso à internet e que não podem sair de casa, seja pela imposição do agressor ou medo de contaminação pelo coronavírus. “São políticas públicas movidas pelo Tribunal de Justiça do Rio, por meio da Coem”, destacou ela.
Os dois canais continuarão disponíveis após o fim da quarentena. O serviço telefônico funciona de segunda a sexta-feiras, das 9h às 18h.
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Cartazes divulgam canais de denúncia a vítimas de violência
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Campanha em espaços públicos
Outra iniciativa do TJ do Rio é a impressão e a distribuição de 2.500 cartazes com informações para vítimas de violência doméstica. A peça divulga os canais de denúncia, indica as formas de violência doméstica e aponta as medidas protetivas que podem ser tomadas.
“O cartaz será apregoado em centro comerciais, mercados, farmácias, igrejas, locais públicos que as mulheres tenham acesso. A pedido da Coem, a Patrulha Maria da Penha [da Polícia Militar do Rio, integrante da rede de enfrentamento à violência doméstica] vai distribui-lo em locais de difícil acesso. É uma campanha ampla, progressista, proativa, mostrando que a Coem está focada em criar atalhos para as mulheres vítimas de violência doméstica”, informou Suely.