Em seis meses de pandemia do coronavírus, os magistrados e servidores do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro produziram 40.149.061 atos processuais. Para o juiz Mario Cunha Olinto Filho, diretor do Fórum Regional da Barra da Tijuca e titular da 2ª Vara Cível, o alto número se deve ao empenho de todos.
“Nesse momento de dificuldade temos que nos esforçar ainda mais para não deixar as partes e os advogados desassistidos. Houve um grande esforço coletivo para que o trabalho continuasse. Ninguém poderia supor que isso poderia acontecer. Todos estão interessados em melhorar, se empenharam, buscaram se adaptar e aperfeiçoar o sistema”, afirmou.
De 16 de março, quando começou o Plantão Extraordinário, até o último domingo (13 de setembro), o TJ-RJ totalizou 1.225.726 sentenças, 1.187.681 decisões, 3.179.616 despachos e 34.556.038 atos cumpridos por servidores.
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Diversas varas registraram aumento de produtividade durante o período. A 2ª Vara Cível da Barra foi uma delas. “Batemos mais de 230 sentenças no mês passado. Temos mantido um índice bem alto, até superior ao que tínhamos antes da pandemia”, relatou Olinto Filho.
“O trabalho flui com mais agilidade no trabalho remoto ou mesmo no fórum, com menos interrupções. Muitas vezes no gabinete, quando está no meio de uma sentença, você tem que parar para audiência ou tirar dúvida do cartório. São fatos naturais da nossa vida, mas é claro que com menos interrupção você produz mais. Não só nós, magistrados e tribunal, percebemos isso, mas as empresas privadas também. Ao trabalhar remotamente, o funcionário economiza tempo de deslocamento. Você retira uma parcela de perda de tempo que passa a ser utilizado no trabalho. Isso dá mais produtividade e qualidade”, disse.