Brasil | 28 de fevereiro de 2019 12:58

‘Ser juiz não é fácil, é um sacerdócio’, diz Toffoli à GloboNews

Dias Toffoli e Andréia Sadi | Reprodução/GloboNews

Na estreia do programa “GloboNews Em Foco”, nesta quarta-feira (27), a jornalista Andréia Sadi entrevistou o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Dias Toffoli. Ele falou sobre a carreira, o atual momento do Brasil, o Poder Judiciário e a magistratura. “O juiz não pode ter desejo. O juiz é vinculado à Constituição e às leis. Ser juiz não é fácil, é um sacerdócio. Penso em ficar no Supremo até os 75 anos. Quem sabe aprovam uma emenda, como nos Estados Unidos, para ficar a vida inteira. Eu gosto de ser juiz”, afirmou.

Toffoli destacou que o país e o STF mudaram nos últimos anos. “A Constituição de 1988 moldou um novo Brasil. O Brasil melhorou muito. O Supremo é outro, mudou para melhor”, disse.

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O presidente do STF ressaltou a importância da Corte para a democracia. “Passamos por um impeachment de uma presidente da República, uma cassação de um presidente da Câmara dos Deputados, duas denúncias contra um presidente da República e tudo isso foi parar no Supremo Tribunal Federal. O STF foi o fio condutor que garantiu a democracia no Brasil. Não existe um país que tenha democracia que não tenha duas pré-condições: um Judiciário independente e uma imprensa livre.”

O ministro aprova a transmissão das sessões do plenário. “O Supremo Tribunal Federal é o único do mundo que todos conhecem, o único transparente. Não existe outra Suprema Corte no mundo que transmita ao vivo os seus julgamentos pela televisão, pela rádio e pela internet. Eu sou a favor das transmissões.”

Como presidente, Toffoli disse que pretende deixar um legado de eficiência, transparência e responsabilidade. Assista aqui à entrevista completa.