O projeto Criando Juízo e a Comlurb (Companhia Municipal de Limpeza Urbana) firmaram parceria para a contratação de 957 adolescentes entre 14 e 24 anos por meio do Programa Jovem Aprendiz, do governo federal. Os jovens cumprem medidas socioeducativas ou que estão em acolhimento familiar e institucional. A cerimônia de formalização será na sexta-feira (2), às 11h, no Auditório José Navega Cretton, no 7º andar do Fórum Central (Av. Erasmo Braga, 115, Centro – Rio de Janeiro).
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A Cierja (Comissão Interinstitucional do Estado do Rio de Janeiro para a Aprendizagem), composta por diversas instituições, calcula que todos os jovens cadastrados na Central de Aprendizagem da Corregedoria-Geral de Justiça do Rio sejam contemplados. Assim, serão cumpridos dois objetivos simultâneos: facilitar o ingresso dos jovens no mercado de trabalho e desafogar as unidades do Degase (Departamento Geral de Ações Socioeducativas).
As contratações serão graduais e 140 jovens ingressarão em maio. A Central de Aprendizagem fará o cadastramento dos adolescentes que trabalharão nas unidades administrativas da Comlurb. A partir dos 18 anos de idade, os jovens poderão atuar em atividades operacionais. Todos serão remunerados e precisam estar, obrigatoriamente, na escola.
“Com os jovens estudando e trabalhando, haverá uma queda considerável na reincidência e, em corolário, no total futuro de internações. E com essa parceria com a Comlurb, a previsão é que todos que estão no Degase tenham uma oportunidade”, avalia o presidente da Coordenadoria Judiciária de Articulação das Varas da Infância, Juventude e Idoso (Cevij) do TJRJ, juiz Sérgio Ribeiro.
Para incentivar as empresas a contribuem para a inserção de jovens no mercado de trabalho, a Cierja vai lançar o Selo Criando Juízo.
Os papéis
O Criando Juízo visa garantir que adolescentes e jovens em situação de vulnerabilidade se integrem a sociedade e o sistema produtivo por meio da cidadania, com uma rede de apoio à cidadania por meio da aprendizagem. A iniciativa foi finalista do Prêmio Innovare do ano passado. É promovido pela Cierja, integrada por servidores do TJ-RJ, do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro, do Ministério Público do Trabalho, da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Rio de Janeiro e da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Amatra).
Já a Central de Aprendizagem busca unir as vagas em empresas com grupos de adolescentes cadastrados. Os adolescentes são encaminhados à Central de Aprendizagem por profissionais das Varas de Infância que perguntam, durante as audiências, se eles querem participar do programa, identificando as áreas de interesse de cada um. Os juízes com competência para as medidas socioeducativas ou protetivas orientam jovens e as respectivas famílias sobre a importância do programa e o engajamento dos envolvidos.
(Com informações do TJ-RJ)