A juíza Eunice Haddad, presidente da AMAERJ, participou da abertura do Fórum sobre Segurança, Desenvolvimento Humano e Coesão Social, realizado por programa da Organização das Nações Unidas (ONU), nesta segunda-feira (15). O encontro reuniu autoridades nacionais e do exterior no Plenário Ministro Waldemar Zveiter, no Fórum Central do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ).
Ao discursar, a magistrada ressaltou ser um motivo de grande honra participar de eventos de profunda relevância para a sociedade, as entidades associativas e o Judiciário brasileiro. “Um debate como esse, envolvendo integrantes do Sistema de Justiça e da sociedade civil, reforça a importância de um Poder Judiciário cada vez mais integrado e atento às necessidades e interesses da população. Assumimos e reafirmamos o compromisso com valores essenciais da dignidade humana e da justiça social”, afirmou.
O evento acontece até esta terça-feira (16), com o tema “Remodelar o mundo à luz de compreensivas abordagens no contexto da otimização da segurança, do desenvolvimento humano e da coesão social para melhor vida associativa”.
“Devemos reconhecer a importância das referências como guias para as nossas ações, isso é válido em todos os aspectos da vida, inclusive no campo do Direito, onde o Poder Judiciário tem desempenhado um papel central como referência na abordagem e desenvolvimento dos temas que serão abordados aqui”, disse a presidente Eunice Haddad.
Estiveram no evento os ministros Luís Roberto Barroso (presidente do STF e do CNJ) e Benedito Gonçalves (STJ); os desembargadores Ricardo Cardozo (presidente do TJ-RJ), Guilherme Calmon (presidente do TRF-2), Marco Aurélio Bezerra de Melo (diretor-geral da EMERJ) e Cristina Gaulia (coordenadora da Justiça Itinerante); e o secretário de Estado da Casa Civil, Nicola Miccione.
O encontro foi promovido pelo Comitê Permanente da América Latina para Prevenção do Crime (COPLAD), programa do Instituto Latino-Americano das Nações Unidas para a Prevenção do Crime e o Tratamento do Delinquente (ILANUD), órgão vinculado à Organização das Nações Unidas (ONU), em parceria com o TJ-RJ, a Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (EMERJ), o Governo do Estado e o Colégio Permanente de Diretores de Escolas Estaduais da Magistratura (COPEDEM).
As autoridades internacionais presentes à abertura foram Edmundo Oliveira (coordenador-geral do COPLAD); Douglas Durán Chavarría (presidente de honra do Fórum, diretor do ILANUD e chanceler do COPLAD); Alejo García Basalo (vice-presidente e representante da Fundação Internacional Penal e Penitenciária – FIPP); Yukio Takasu (chefe do Sistema de Segurança Humana da ONU e secretário-geral adjunto da ONU para Segurança Humana); e Jean Michel Arrighi (secretário de Assuntos Jurídicos da Organização dos Estados Americanos – OEA).
Para o presidente do STF, são muito importantes as reflexões sobre “temas variados que envolvem a segurança, em todas as suas dimensões inclusive a segurança pública, o desenvolvimento humano, para que as pessoas possam florescer e viver todos os direitos de sua personalidade, e a busca de coesão social nesse mundo, que se tornou extraordinariamente e perigosamente polarizado e belicoso”.
O presidente do TJ-RJ definiu como um alento ver autoridades e especialistas brasileiros e estrangeiros debaterem sobre “temas sensíveis, em um momento preocupante, com desafios sem precedentes ante a desigualdade social, a pobreza sistêmica e a insegurança que permeia as nossas sociedades, especialmente aqui na América Latina”.
“Acredito que é possível uma América Latina mais segura, justa e coesa. Mas, para isso, precisamos enfrentar nossos desafios, reconhecer nossas falhas e trabalhar juntos para construir um futuro melhor. Não há soluções fáceis ou rápidas. Mas, com esforço e dedicação, podemos fazer a diferença. A transformação começa a partir de nós”, afirmou o desembargador Ricardo Cardozo.
A desembargadora Cristina Gaulia exaltou os “dias de especial alargamento das fronteiras do conhecimento no universo da segurança humana”. “Que possamos aproveitar esta ilha do conhecimento, que hoje surge no oceano das graves incertezas mundiais, participando ativamente, com ideias e reflexões, da elaboração de ações verdadeiramente transformadoras para que os seres humanos e sencientes e a natureza sejam recolocados no centro do mundo como a principal preocupação em prol da humanidade.”
O ministro Benedito Gonçalves frisou que o mundo vive um período de mudanças rápidas e desafiadoras. “É com grande entusiasmo e esperança que temos a oportunidade de observar, sob diversas óticas, como o equilíbrio na edificação coletiva é importante para combater imensas crises humanitárias. Para garantir a segurança de nossa sociedade precisamos adotar uma abordagem abrangente que envolva a cooperação internacional, investimentos em tecnologia e fortalecimento das instituições democráticas.”
O diretor-geral da EMERJ conclamou a todos para efetivarem as ações tratadas no evento.
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