O Prêmio CNJ Juíza Viviane Vieira do Amaral, que dará visibilidade a ações para prevenir e enfrentar a violência contra mulheres e meninas, recebeu 83 inscrições. Os projetos serão analisados pela Comissão Avaliadora. Os vencedores serão anunciados em 3 de agosto, durante a 335ª Sessão Ordinária do Conselho Nacional de Justiça.
Os projetos contemplam as seis categorias da premiação: Tribunais (15), Magistrados (12), Atores do Sistema de Justiça Criminal – Ministério Público, Defensoria Pública, Advogados e Servidores (26), Organizações não Governamentais (5), Mídia (6) e Produção Acadêmica (19).
As ações inscritas são de diversas áreas e com enfoques diferenciados. Entre as iniciativas constam documentários que abordam o tema da violência doméstica e familiar, pesquisas de campo com relatos de vítimas de violência doméstica e dossiê sobre feminicídio com análises sobre os motivos que levam às agressões, além de propostas de treinamentos intensivos sobre discriminação, racismo, machismo e preconceito direcionados aos integrantes do Sistema de Justiça.
Figuram, também, projetos que contemplam relatos sobre vítimas de abuso sexual na pandemia, ações educativas para o enfrentamento desse tipo de violência voltados a jovens e crianças, ações educativas para homens com a abordagem dos conceitos de machismo e masculinidade tóxica e projetos educativos com o uso de animação, entre outros.
Além dos prêmios nas seis categorias, a Comissão Avaliadora poderá conceder prêmio honorário a personalidade que tenha se destacado no enfrentamento a todas as formas de violência contra a mulher.
Viviane Vieira do Amaral
Magistrada do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ), Viviane Vieira do Amaral morreu em 24 de dezembro de 2020, véspera do Natal, aos 45 anos. Vítima de feminicídio, a juíza foi esfaqueada pelo ex-marido. Ela integrou a Magistratura fluminense por 15 anos.
“A realidade aponta, ainda, um inaceitável aumento de casos de violência doméstica. A homenagem é o mínimo que o Poder Judiciário poderia fazer diante desse fato gravíssimo para perpetuar a memória da Viviane, que se destacava no universo feminino e era uma juíza como todos nós”, afirmou o presidente do CNJ, Luiz Fux.
*Com informações do CNJ
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