Vencedor na categoria Reportagens Jornalísticas do Prêmio AMAERJ Patrícia Acioli de Direitos Humanos de 2019, o repórter Rafael Soares, do jornal “Extra”, participa do novo vídeo da série sobre a premiação. Para ele, vencer foi importante para valorizar o jornalismo.
“Nesse momento, é importante que o jornalismo de qualidade, que vai pra rua, que ouve as pessoas, que ajuda a denunciar injustiças, seja valorizado”, afirmou Soares.
A série de cinco reportagens “A invasão” revelou o envolvimento de policiais militares do 35º Batalhão (município de Itaboraí) com a milícia. Na localidade, chacinas, cemitérios clandestinos, cobranças e ameaças de milicianos a moradores aconteciam com a conivência de policiais.
Segundo o ISP (Instituto de Segurança Pública), de 2017 a 2018, o número de desaparecidos na cidade aumentou 113%. Resultado de seis meses de apuração, a série levou a polícia a investigar o caso e a realizar operações no município.
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Inscrições abertas
As inscrições irão até 10 de agosto (segunda-feira) pelo site do Prêmio. Júri integrado por especialistas de destaque nas quatro áreas selecionará os trabalhos premiados.
Haverá cinco finalistas por categoria. O primeiro lugar de cada uma delas ganhará R$ 15 mil; o segundo, R$ 10 mil; o terceiro, R$ 5 mil. Os três primeiros colocados receberão troféus. Os demais finalistas serão homenageados com Menções Honrosas. Na categoria Trabalhos dos Magistrados, os três primeiros colocados receberão troféus.
Haverá ainda a concessão do Prêmio Hors Concours a personalidade com notável atuação na área dos Direitos Humanos e Cidadania, escolhida pelos magistrados fluminenses. A votação estará aberta também até 10 de agosto. Saiba aqui mais informações para a escolha do Hors Concours 2020.
A cerimônia de premiação acontecerá em 9 de novembro.
Consulte aqui o regulamento do AMAERJ Patrícia Acioli de Direitos Humanos.
AMAERJ Patrícia Acioli
Criado em 2012, o AMAERJ Patrícia Acioli de Direitos Humanos já laureou 77 defensores da dignidade humana. O Prêmio celebra a memória da juíza Patrícia Acioli. Titular da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, ela foi morta em 2011, em Niterói, por policiais militares.
O Prêmio tem o objetivo de identificar, disseminar, estimular e homenagear a realização de ações em prol dos direitos humanos, dando visibilidade a práticas e trabalhos na área. A cerimônia de premiação deste ano acontecerá em 9 de novembro.
O AMAERJ Patrícia Acioli de Direitos Humanos tem patrocínio da Harpia Funding, do Bradesco, do Carrefour, da Associação dos Notários e Registradores do Brasil-RJ (Anoreg-RJ), da Firjan e da Multiplan. O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), a Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (EMERJ) e a Alerj apoiam a premiação.