Responsável pela organização das eleições de outubro, a ministra do STF (Supremo Tribunal Federal) Rosa Weber tomou posse, nesta terça-feira (14), na presidência do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). “Minha responsabilidade é imensa e a assumo com a alma forte e o coração sereno. O resultado das eleições será confirmado pela soberania popular”, afirmou. O presidente da AMB, Jayme de Oliveira, e a presidente da AMAERJ e vice Institucional da AMB, Renata Gil, participaram da cerimônia, em Brasília.
“A posse da ministra Rosa Weber muito dignifica a magistratura feminina, em um momento importante que o Brasil precisa definir os seus rumos. Temos certeza de que a ministra vai representar a Justiça eleitoral com toda a tranquilidade, serenidade e firmeza”, disse Renata Gil.
Rosa Weber é a segunda mulher a presidir o TSE, em mais de 70 anos do tribunal. A primeira foi Cármen Lúcia, em 2012. Com mandato até maio de 2020, ela sucedeu o ministro Luiz Fux. A nova presidente ressaltou que tem três “desejos esperanças” e uma uma certeza no TSE.
“O desejo esperança de que o Brasil saia revigorado destas eleições de 2018. O desejo esperança de que as instituições sejam fortalecidas. E o desejo esperança de que a soberania popular promova um avanço. A certeza que tenho é de que o TSE cumprirá a sua missão com firmeza.”
Leia também: TSE autoriza requisição de Força Federal no Estado do Rio
UOL destaca pesquisa sobre Justiça, política e credibilidade
AMB termina pesquisa sobre magistratura em 26 de agosto
Em defesa institucional da Justiça Eleitoral, a ministra destacou que o TSE cumpre seu papel no fortalecimento da democracia no Brasil. Ela reconheceu que há no país desencanto e descrédito na política, mas ponderou que a atividade é essencial à democracia e que “urge ter sua respeitabilidade e importância resgatadas”.
Rosa Weber defendeu o uso das urnas eletrônicas, como forma de garantir, a um só tempo, o sigilo do voto, sua segurança e a imparcialidade da apuração. Segundo a presidente do TSE, desenvolvida e implantada com gradativos aperfeiçoamentos e em sucessivas administrações, a urna eletrônica “constitui o melhor exemplo de obra coletiva dos que se dedicam, há décadas, neste Tribunal, ao fortalecimento da democracia no país”.
A presidente do TSE ainda disse que a corrupção “não pode obscurecer a ideia de um poder que emana do povo.”
Na mesma cerimônia, tomaram posse os ministros Luís Roberto Barroso, como vice-presidente da Corte, e Jorge Mussi, no cargo de corregedor-geral da Justiça Eleitoral. O TSE é formado por sete ministros, sendo três do STF (um deles sempre preside o tribunal eleitoral), dois do STJ (um é escolhido para a corregedoria eleitoral) e dois advogados indicados pelo presidente da República.
Perfil
Natural de Porto Alegre (RS), Rosa Weber graduou-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) em 1971. Foi juíza do Trabalho de 1981 a 1991. Integrou o Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS) de 1991 a 2006, Corte que presidiu no biênio 2001-2003.
Ela foi nomeada ministra do Tribunal Superior do Trabalho (TST) em 2006, onde permaneceu até 2011. Nesse mesmo ano, tomou posse como ministra do Supremo Tribunal Federal (STF). Rosa Weber chegou ao TSE em junho de 2012, quando assumiu o cargo de ministra substituta. Em 2016, foi empossada ministra efetiva da Corte Eleitoral, passando a ocupar a vice-presidência do TSE em 2018.