Docentes argentinos e autoridades brasileiras trocaram experiências no TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro) nesta segunda-feira (15), na palestra “Mediação de Conflitos nas Escolas – Experiência da Argentina”. Sobre o tema, a juíza Glória Heloiza Lima (2ª Vara da Infância, Juventude e Idoso da Capital) afirmou que estimular crianças e adolescentes a resolver problemas por meio de diálogo é uma forma de prevenir a violência no ambiente escolar.
“O colégio é um ambiente propício para a gente disseminar os valores do respeito e da tolerância. Se desde o início trabalharmos com as crianças valores como o respeito e a tolerância, podemos evitar e até acabar com casos de violência na escola e na sociedade de forma geral”, disse.
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A professora argentina Gabriela Jablkowski contou a experiência da mediação escolar na capital Buenos Aires e em outras cidades do país, e defendeu a criação de políticas públicas de solução de conflitos. Ela acredita que o poder público deve criar as raízes da mediação a partir de um trabalho minucioso, que privilegie o debate e a cautela ante à pressa e o senso comum que, em sua opinião, distorcem a função da escola.
“A função do Estado é pensar que tipo de escola deseja e necessita. A discussão demora, mas é necessária para evitar que a mediação seja uma ideia enlatada aplicada em todos os colégios sem respeitar suas particularidades”, avaliou.
O secretário estadual de Educação, Pedro Fernandes, participou do encontro. A atividade foi realizada no auditório Desembargador José Navega Cretton, no Fórum Central, e organizada pelo Programa de Aprimoramento em Mediação do Nupemec (Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos).
Fonte: TJ-RJ