O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) elegeu, nesta quarta-feira (10), a ministra Rosa Weber para presidir a Corte e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) até 2024. Ela sucederá ao ministro Luiz Fux, presidente da Corte no último biênio. A posse está prevista para 12 de setembro. O ministro Luís Roberto Barroso foi escolhido para assumir a vice-presidência do Tribunal.
A tradição do STF é que o presidente seja sempre o ministro mais antigo que ainda não ocupou o posto. Em nome do Tribunal, Fux parabenizou os eleitos e desejou-lhes sucesso na condução do Supremo.
Ao agradecer a confiança dos colegas, Rosa Weber afirmou que a tradição de escolha de presidente da Corte não ofusca a simbologia do momento, mas realça o que realmente importa, que é a instituição Supremo Tribunal Federal.
“Exercer a chefia do Judiciário e do CNJ, para uma juíza de carreira como eu, na Magistratura há 46 anos, é uma honra inexcedível, sobretudo quando se tem a sorte de ter como companhia um ministro generoso, competente e amigo, como o ministro Luís Roberto Barroso”, disse.
A ministra ressaltou ainda que, “em tempos tumultuados, o exercício do cargo é um imenso desafio”. “Vou procurar desempenhá-lo com toda serenidade e com a certeza do apoio de vossas excelências, sempre na defesa da integridade e da soberania da Constituição e do regime democrático”, declarou.
Futura presidente
Natural de Porto Alegre, a ministra Rosa Weber formou-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) em 1971. Foi juíza do Trabalho (1981-1991). Integrou o Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS) (1991-2006). Presidiu o TRT-4 de 2001 a 2003.
Rosa Weber exerceu o cargo de ministra do Tribunal Superior do Trabalho (TST) de 2006 a 2011, quando foi nomeada para o STF. Presidiu o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de 2018 a 2020. Atualmente, é vice-presidente do STF.
Vice-presidente eleito
Nascido em Vassouras (Centro-Sul Fluminense), Luís Roberto Barroso é doutor em Direito Público pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), onde é professor titular de Direito Constitucional. O ministro integra o STF desde 2013. Presidiu o TSE de 2020 a 2022.
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