Judiciário na Mídia Hoje | 16 de maio de 2022 17:06

Justiça determina prisão preventiva dos acusados pela morte de policial civil no Rio

*G1

O juiz Rafael de Almeida Rezende, da Central de Custódia do Rio, converteu nesta segunda-feira (16) a prisão em flagrante para preventiva de Lourival Ferreira de Lima, 67 anos, Bruno Santos de Lima, de 41, Manoel Vitor Silva Soares, de 32, e Daris Fidelis Motta, de 46 anos.

Eles são acusados pelo sequestro, morte e ocultação de cadáver do policial Renato Couto, de 41 anos. Na decisão, o magistrado destacou a violência do crime e os sinais de premeditação na hora de praticá-lo.

“Diante de todos os elementos informativos colhidos até o presente momento, em que pese o evidente protagonismo de Lourival e Bruno, há indícios da participação efetiva de todos os custodiados na prática do delito. Destaque-se ainda o motivo fútil e a aparente premeditação do crime, cometido de forma brutal e covarde”, disse em trecho.

“Segundo o relato da testemunha presencial, mesmo após a vítima já se encontrar ferida por PAF e quase desfalecida, Lourival ainda lhe desferiu diversos golpes e, diante de um último esforço para evitar ser levado, o policial foi atingido por outro disparo realizado por Bruno e, em seguida, colocado no interior do veículo com o auxílio dos demais custodiados”, destacou o juiz antes de determinar a prisão preventiva.

Policiais da 18ª DP (Praça da Bandeira) interditaram nesta segunda-feira (16) o ferro-velho de Lourival Ferreira de Lima, um dos presos pela morte do papiloscopista Renato Couto.

Lourival foi preso juntamente com seu filho, o sargento da Marinha Bruno Santos de Lima, e outros dois militares: o cabo Daris Fidelis Motta e o terceiro-sargento Manoel Vitor Silva Soares.

Todos passarão por audiência de custódia na terça-feira (17), mesmo dia do enterro de Renato Couto. Um dos irmãos de Bruno, que estava no ferro-velho interditado, estava no local retirando peças velhas e foi detido pelos agentes. Na delegacia, foi ouvido e liberado.

Nesta segunda-feira, uma perícia indicou que, após ser baleado, Renato Couto foi jogado ainda vivo no rio Guandu, em Japeri, na Zona Norte: a causa da morte foi indicada como afogamento. Uma testemunha contou detalhes da emboscada. Um vídeo mostra momentos de uma discussão entre Renato, Lourival, Bruno e os demais envolvidos.

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