*CNN Brasil
O cônsul da Alemanha no Rio de Janeiro, Uwe Herbert Hahn, teve a prisão em flagrante convertida em preventiva na tarde deste domingo (7), depois de passar por uma audiência de custódia. A determinação é do juiz Rafael de Almeida Rezende, da Central de Audiência de Custódia em Benfica.
Hahn é suspeito da morte do marido, o belga Henri Maximillen Biot, de 52 anos. Biot foi encontrado morto na noite da última sexta-feira (5), no apartamento onde os dois moravam em Ipanema, zona sul da cidade.
A defesa do diplomata pediu o relaxamento da prisão, alegando que ele possui imunidade consular. Apesar disso, a Justiça entendeu que o benefício não se aplica ao caso, por se tratar de um episódio fora do ambiente consular e sem qualquer relação com as funções exercidas por Uwe Hahn.
Além disso, o magistrado entende que é importante manter o cônsul preso, a fim de evitar colocar em risco a colheita de provas e de assegurar que não haverá fuga.
Segundo o delegado Antenor Lopes, diretor do Departamento Geral de Polícia da Capital, o cônsul alegou que o esposo havia sofrido uma queda e batido a cabeça.
“O corpo tem múltiplas lesões e a causa da morte é um traumatismo na nuca. A gente entende que a versão dele é incompatível com as provas produzidas pela perícia. A delegada Camila Lourenço, da 14º Delegacia (Leblon), entende que era o caso de autuação em flagrante”, disse Lopes à CNN.
A decisão do juiz Rafael de Almeida Rezende segue na mesma linha. “Conforme bem destacado pela autoridade policial, a comprovação da existência do crime de autoria podem ser extraídos do laudo de exame de necropsia, que atestou a existência de indícios de diversas lesões no corpo da vítima , decorrentes de ação contundente, sendo uma delas compatível com pisadura e a outra com o emprego de instrumento cilíndrico (supostamente um bastão de madeira), bem como da perícia de local, que detectou espargimento de sangue no imóvel, notadamente no quarto do casal e no banheiro, compatíveis com a dinâmica de morte violenta”, pontua o documento.
A Embaixada da Alemanha no Brasil e o Consulado Geral alegaram que não vão se pronunciar e vão aguardar o fim das investigações. A CNN tenta contato com a defesa do diplomata, mas, até o fechamento desta matéria, não houve resposta.
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