Costureira e artesã, Lucy Hellen Fonseca Pacheco se viu numa situação muito complicada quando a pandemia começou a se espalhar e as normas sanitárias de isolamento social foram implantadas. Moradora do morro do Preventório (Charitas), ela viu que não teria, trancada em casa, meios de se manter e alimentar os três filhos pequenos.
O drama vivido por Lucy, de 32 anos, foi relatado, por uma vizinha de prédio, ao juiz Gabriel Stagi Hossmann, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ). Ele mobilizou colegas dos fóruns de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e Maricá. Os magistrados se cotizaram para a compra de uma máquina de costura.
Neste sábado, com muita alegria, Lucy recebeu a máquina, da marca Elgin.
“Ela precisava muito de uma máquina. Estava muito infeliz porque não vinha conseguindo se manter e à família”, disse Hossmann, juiz regional de Niterói e São Gonçalo.
Ao todo, 38 magistrados lotados nos municípios de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e Maricá participaram do rateio do equipamento. Sobrou, ainda, dinheiro suficiente para a compra de provisões que encheram 50 cestas básicas, distribuídas no Preventório e na vizinha comunidade da Portelinha.
“Foi muito bom o resultado e muito legal o movimento”, afirmou o magistrado.
A ideia do grupo de colaboradores é, ao final da pandemia, matricular Lucy em um curso de corte e costura, a fim de profissionalizá-la.
Para compor as cestas básicas, com o dinheiro não empregado na aquisição do aparelho de costura, foram comprados 50k de açúcar, 60 pacotes de café, 60 pacotes de farinha mandioca, 50 pacotes de leite em pó, 40 pacotes de macarrão e 40 latas de óleo. Aos produtos foram acrescentados pacotes de arroz, feijão e sal, adquiridos anteriormente.
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