A EMERJ promoveu, na quarta-feira (4), a leitura dramatizada de “12 Jurados e Uma Sentença”. Em única apresentação no palco do auditório Antônio Carlos Amorim, magistrados encenaram a adaptação do clássico “Twelve Angry Men”, do norte-americano Reginald Rose. Diretor-geral da Escola da Magistratura do Rio, o desembargador André Andrade interpretou o juiz do Tribunal do Júri e afirmou que esta “é uma obra que retrata bem a realidade”.
“Particularmente, é uma das minhas obras preferidas. Ela narra bem como funciona um júri, algo que muita gente não sabe como é. A peça retrata o sistema judiciário norte-americano, um júri formado por 12 jurados, em regra, que necessita da unanimidade para uma decisão. No Brasil, são sete jurados, e a decisão não precisa ser unânime. A peça é um exercício interessante sobre como funciona a Justiça de um modo geral e demonstra como os humores, personalidades e psicologias individuais interferem em um julgamento. Por não serem técnicos e preparados intelectualmente para julgar, os jurados são mais suscetíveis às questões emocionais e psicológicas, diferentemente do juiz. A peça de hoje é boa para o público entender que o ato de julgar, acima de tudo, é um ato de humanidade”, afirmou.
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Responsável pela direção da peça, a gestora cultural e serventuária do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro) Silvia Monte comentou sobre a experiência à frente da apresentação. “Tivemos poucos ensaios, mas neles aproveitamos ao máximo. É muito importante uma obra assim, pois podemos pensar em questões de Justiça de uma forma lúdica e descontraída, mas abordando assuntos sérios. Embora seja um texto de 1954, retrata a realidade nos dias atuais, abordando intolerância, liberdade de expressão e a importância da democracia”, disse.
Participaram como os 12 jurados os desembargadores Ana Maria Oliveira (jurada 4), Antônio Carlos Esteves Torres (jurado 2), Claudio dell´Orto (jurado 3), José Muiños Piñeiro (jurado 11) e Katya Monnerat (jurada 12); os juízes Elizabeth Louro (jurada 7) e Renato Charnaux Sertã (jurado 6); os advogados e desembargadores aposentados Geraldo Prado (jurado 8) e Marcus Faver (jurado 9); os advogados José Roberto de Castro Neves (jurado 5) e Paulo Cezar Pinheiro Carneiro (jurado 10); e o advogado e dramaturgo Ricardo Leite Lopes (primeiro jurado).
*Com informações da EMERJ