Notícias | 24 de novembro de 2020 13:05

Eleições do TJ-RJ: Entrevista com Ricardo Rodrigues Cardozo

Os desembargadores do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro elegerão na próxima segunda-feira (30), às 11h, a nova administração da Corte para o biênio 2021/2022. A AMAERJ disponibiliza os canais de comunicação da entidade para os candidatos, por meio de entrevista, apresentarem suas propostas. Confira abaixo a entrevista com o desembargador Ricardo Rodrigues Cardozo, candidato a corregedor-geral da Justiça.

Desembargador Ricardo Rodrigues Cardozo | Divulgação

AMAERJ: Por que o sr. decidiu concorrer ao cargo de corregedor-geral da Justiça?

Ricardo Rodrigues Cardozo: Estou há 32 anos na Magistratura. Antes servi à Defensoria Pública. Sou o 29º na antiguidade. Ao longo da carreira fui juiz no interior e na capital. Exerço a desembargadoria há 17 anos. Integrei três bancas de concurso para ingresso na Magistratura de Carreira. Presidi a COMAQ. Fui membro da Comissão de Legislação e Normas do TJ e, finalmente, dirigi a Escola da Magistratura (EMERJ).

Tanto tempo e tantas funções conferiram-me ampla experiência no que toca a gestão do 1º grau de jurisdição, na qual se concentra a principal atividade da Corregedoria. Na vida há momentos de servir, ainda que a tarefa seja espinhosa, como o é a correcional.

Creio ser este o momento de sacrificar minha vida privada para me dar, mais intensamente, ao interesse público relacionado à atividade judicial, buscando através da Corregedoria-Geral aprimorar a prestação jurisdicional, tornando-a mais eficaz e célere.

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AMAERJ: Quais suas principais propostas?

Ricardo Rodrigues Cardozo: São muitas. Como política administrativa, pretendo manter os programas que se mostram eficientes. O trabalho remoto veio para ficar, mas temos que ter maior controle e transparência. Portanto, mecanismos serão criados para monitoramento.

Quanto à atividade judicial, a função básica de uma corregedoria é a fiscalização. Há de se ter maior eficiência e controle com os dados estatísticos, de forma a permitir um real acompanhamento da produção individual, gestão e presença.

No que se refere à fiscalização extrajudicial, a transparência, o controle e a correção são metas que devem ser buscadas continuamente através de uma fiscalização sempre presente.

Darei imensa importância aos mecanismos de conciliação e mediação. Incentivarei o aprimoramento funcional através do lançamento de programas destinados a melhor qualificar nossos servidores.

No que se refere à área da informática, a implantação do PJE é uma realidade, e a Corregedoria estará ao lado dos magistrados e dos servidores, comprometida em fornecer-lhes suporte e apoio na fase de migração.

Por fim, diálogo e democracia.

AMAERJ: O que mudará na Corregedoria caso seja eleito?

Ricardo Rodrigues Cardozo: A função correcional é áspera e não é simpática, mas, como disse anteriormente, o diálogo se imperará, assim como a transparência, a meritocracia e a observância dos princípios constitucionais que garantem a ampla defesa e o contraditório, mas serei firme na ação correcional.

Quando estive à frente da COMAQ e da EMERJ pude observar a dedicação dos juízes. Na sua maior parte, privam-se e dedicam-se em prol de uma Justiça melhor e mais eficiente. Infelizmente, há alguns poucos que estão a latere, e sobre esses recairá o peso da ação correcional. Não podemos deixar que uns poucos manchem a qualidade da Justiça Fluminense.

Currículo do candidato

– Desembargador titular da 15ª Câmara Cível.

– Ex-defensor público.

– Professor universitário da disciplina de Direito Civil por duas décadas.

– Magistrado há 32 anos, desde 1988.

– 29º na lista de antiguidade atualmente.

– Como juiz, atuou em várias comarcas do interior.

– Desembargador há 17 anos.

– Integrou três bancas de concurso para ingresso na Magistratura de Carreira.

– Presidente da Comissão de Políticas Institucionais para Eficiência Operacional e Qualidade dos Serviços Judiciais (COMAQ) de 2015 a 2016.

– Membro da Comissão de Legislação e Normas do TJ (COLEN) no biênio 2009/2010.

– Diretor-geral da Escola da Magistratura (EMERJ) no biênio 2017/2018.

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