AMAERJ | 08 de junho de 2018 12:54

AMB encerra pesquisa sobre magistratura em 30 de junho

Ministros, magistrados e pesquisadores se reuniram nesta quinta-feira (7) | FOTO: AMB

Magistrados de todo o país têm até 30 de junho para responder à pesquisa da AMB “Quem somos? A magistratura que queremos”. Com perguntas sobre o cenário atual do Judiciário, são necessários de 30 a 40 minutos para responder ao levantamento. Os dados são sigilosos. A pesquisa será usada pela AMB para traçar o perfil da magistratura brasileira e as diretrizes para o Judiciário.

O link foi encaminhado para o e-mail funcional dos juízes e desembargadores de todo o Brasil no fim de maio, durante o 23º Congresso Brasileiro de Magistrados. O acesso é individualizado, o que garante que o questionário pode ser respondido a partir de qualquer dispositivo (tablet, celular etc.). O magistrado pode pausar ao responder, bastando acessar o link novamente para terminar a participação. Após o envio das respostas, aquele link específico deixa de ser funcional e não poderá ser utilizado novamente.

O link também será disponibilizado no site da AMB. Nesse caso, o magistrado terá que preencher o questionário de uma única vez, sem interrupções. 

Leia também: Vice da AMB, Nelson Missias toma posse como presidente do TJ-MG em 29 de junho
Italiano e brasileira lançam livro sobre Direito Comercial Comparado na EMERJ
Luciano Rinaldi fala na GloboNews sobre ação baseada no Novo CPC

Evolução

Os ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Luis Felipe Salomão e Antonio Saldanha Palheiro; o presidente da AMB, Jayme de Oliveira; a pesquisadora Maria Alice Rezende de Carvalho, e os magistrados Marcia Correia Hollanda (TJ-RJ) e Márcio Boscaro (TJ-SP) se reuniram nesta quinta-feira (7) para debater o tema.

Esta é a segunda vez que uma pesquisa deste porte é realizada. A primeira edição foi feita há 21 anos pelos professores e pesquisadores Luiz Jorge Werneck Vianna e Maria Alice Rezende de Carvalho, da PUC-Rio, que seguem à frente do levantamento. O ministro do STJ Luis Felipe Salomão e a presidente da AMAERJ e vice-presidente Institucional da AMB, Renata Gil, coordenam a nova pesquisa.

“Essa é uma oportunidade para o magistrado participar do processo de criação de novas diretrizes para o Poder Judiciário”, explicou Renata Gil.

Para o ministro Salomão, a iniciativa é “vital para que a magistratura possa se conhecer, idealizar seus próximos passos e verificar quais foram os erros do passado. Ela é muito importante para nos identificar, saber como somos, o que pensamos e como podemos dar os próximos passos”.

O ministro do STJ Antonio Saldanha destacou a necessidade de atualização dos dados. “Tudo que for direcionado à melhoria da situação da Magistratura como instituição e do magistrado como pessoa é fundamental. Precisamos ter elementos que vão informar as medidas de gestão que devem ser tomadas; sem isso trabalhamos no abstrato”, disse.

“Pesquisas científicas ajudam a direcionar a atuação da entidade. Daí a importância de que todos respondam e ajudem a construir o futuro da magistratura”, afirmou o presidente da AMB, Jayme de Oliveira.

Com os dados em mãos, os pesquisadores farão uma comparação entre a magistratura atual e aquela de 1997. Com aproximadamente 4 mil questionários respondidos por juízes na primeira versão, o professor Werneck Viana organizou o trabalho “Corpo e Alma da Magistratura Brasileira”. Quando o livro foi publicado, Werneck Viana pôde comparar o Judiciário daquela época, com o perfil anterior, de 1970.

O questionário é voltado para as condições de trabalho e de vida. Há algumas questões que tem vínculo com o questionário anterior, porque é importante termos a noção de como evoluiu a demografia da categoria ao longo desses 20 anos”, explicou a professora Maria Alice.

Com informações da AMB