Judiciário na Mídia Hoje | 28 de abril de 2022 16:29

Justiça muda data do julgamento da ex-deputada federal Flordelis

*G1

Juíza Nearis Carvalho Arce | Foto: Brunno Dantas/TJ-RJ

A juíza Nearis Carvalho Arce, da 3ª Vara Criminal de Niterói, mudou a data do julgamento da ex-deputada federal Flordelis e de outros quatro réus, que estava marcado para o dia 9 de maio. Em sua decisão, a magistrada alegou não haver tempo hábil para a juntada ao processo de todos os laudos requeridos pelas defesas, e optou para remarcá-la para o dia 6 de junho, às 9h.

Um desses laudo é a avaliação psicológica e psiquiátrica a que Flordelis, sua filha Marzy Teixeira, e sua neta Rayane dos Santos Oliveira se submeteram nesta quarta-feira (27), a pedido de suas defesas. Além de serem avaliadas por profissionais particulares, designados pelos advogados, eles também foram acompanhados por profissionais do estado, que vão fazer um laudo independente.

Na terça-feira (26), a 6ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu manter a prisão preventiva da ex-deputada federal.

Os ministros analisaram um recurso da defesa de Flordelis pedindo a revogação da prisão. Os advogados alegaram que o processo dela na Justiça do Rio é repleto de vícios processuais, que há cerceamento da ampla defesa e que não há elementos que justifiquem a prisão.

O relator do caso, ministro Antônio Saldanha Palheiro, afirmou que a prisão preventiva está fundamentada, e lembrou que a prisão foi decretada após o descumprimento de diversas medidas restritivas, como a proibição de falar com outros investigados e monitoramento eletrônico, e após indicações de tentativas de interferir nas investigações.

Saldanha Palheiro disse que Flordelis é apontada como mentora e comandante da suposta associação criminosa e que sua ascendência sobre o grupo é inegável. “São fortíssimos indícios de que a ré antes do oferecimento da denúncia vinha buscando interferir no processo”.

Flordelis foi presa em agosto de 2021, dias após ter seu mandato cassado pela Câmara. A ex-parlamentar é acusada de ordenar a morte do marido, o pastor Anderson do Carmo, executado a tiros em 2019 em Niterói (RJ). Daqui a duas semanas, Flordelis deve ser submetida a júri popular.

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