Os desembargadores do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro elegerão na próxima segunda-feira (30), às 11h, a nova administração da Corte para o biênio 2021/2022. A AMAERJ disponibiliza os canais de comunicação da entidade para os candidatos, por meio de entrevista, apresentarem suas propostas. Confira abaixo a entrevista com o desembargador Ricardo Rodrigues Cardozo, candidato a corregedor-geral da Justiça.
AMAERJ: Por que o sr. decidiu concorrer ao cargo de corregedor-geral da Justiça?
Ricardo Rodrigues Cardozo: Estou há 32 anos na Magistratura. Antes servi à Defensoria Pública. Sou o 29º na antiguidade. Ao longo da carreira fui juiz no interior e na capital. Exerço a desembargadoria há 17 anos. Integrei três bancas de concurso para ingresso na Magistratura de Carreira. Presidi a COMAQ. Fui membro da Comissão de Legislação e Normas do TJ e, finalmente, dirigi a Escola da Magistratura (EMERJ).
Tanto tempo e tantas funções conferiram-me ampla experiência no que toca a gestão do 1º grau de jurisdição, na qual se concentra a principal atividade da Corregedoria. Na vida há momentos de servir, ainda que a tarefa seja espinhosa, como o é a correcional.
Creio ser este o momento de sacrificar minha vida privada para me dar, mais intensamente, ao interesse público relacionado à atividade judicial, buscando através da Corregedoria-Geral aprimorar a prestação jurisdicional, tornando-a mais eficaz e célere.
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AMAERJ: Quais suas principais propostas?
Ricardo Rodrigues Cardozo: São muitas. Como política administrativa, pretendo manter os programas que se mostram eficientes. O trabalho remoto veio para ficar, mas temos que ter maior controle e transparência. Portanto, mecanismos serão criados para monitoramento.
Quanto à atividade judicial, a função básica de uma corregedoria é a fiscalização. Há de se ter maior eficiência e controle com os dados estatísticos, de forma a permitir um real acompanhamento da produção individual, gestão e presença.
No que se refere à fiscalização extrajudicial, a transparência, o controle e a correção são metas que devem ser buscadas continuamente através de uma fiscalização sempre presente.
Darei imensa importância aos mecanismos de conciliação e mediação. Incentivarei o aprimoramento funcional através do lançamento de programas destinados a melhor qualificar nossos servidores.
No que se refere à área da informática, a implantação do PJE é uma realidade, e a Corregedoria estará ao lado dos magistrados e dos servidores, comprometida em fornecer-lhes suporte e apoio na fase de migração.
Por fim, diálogo e democracia.
AMAERJ: O que mudará na Corregedoria caso seja eleito?
Ricardo Rodrigues Cardozo: A função correcional é áspera e não é simpática, mas, como disse anteriormente, o diálogo se imperará, assim como a transparência, a meritocracia e a observância dos princípios constitucionais que garantem a ampla defesa e o contraditório, mas serei firme na ação correcional.
Quando estive à frente da COMAQ e da EMERJ pude observar a dedicação dos juízes. Na sua maior parte, privam-se e dedicam-se em prol de uma Justiça melhor e mais eficiente. Infelizmente, há alguns poucos que estão a latere, e sobre esses recairá o peso da ação correcional. Não podemos deixar que uns poucos manchem a qualidade da Justiça Fluminense.
Currículo do candidato
– Desembargador titular da 15ª Câmara Cível.
– Ex-defensor público.
– Professor universitário da disciplina de Direito Civil por duas décadas.
– Magistrado há 32 anos, desde 1988.
– 29º na lista de antiguidade atualmente.
– Como juiz, atuou em várias comarcas do interior.
– Desembargador há 17 anos.
– Integrou três bancas de concurso para ingresso na Magistratura de Carreira.
– Presidente da Comissão de Políticas Institucionais para Eficiência Operacional e Qualidade dos Serviços Judiciais (COMAQ) de 2015 a 2016.
– Membro da Comissão de Legislação e Normas do TJ (COLEN) no biênio 2009/2010.
– Diretor-geral da Escola da Magistratura (EMERJ) no biênio 2017/2018.
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