Um jovem imigrante é acusado de matar o pai, e o caso vai ao Tribunal do Júri. Um dos 12 jurados coloca em dúvida as provas e os demais se rendem ao caloroso embate que mostra as facetas de cada um. A envolvente trama de “Doze Homens e Uma Sentença” será adaptada em espetáculo teatral em 4 de dezembro, às 19h, na Semana da Justiça. O elenco da peça promovida pela EMERJ terá magistrados e advogados. A peça homenageará, de forma lúdica e reflexiva, o papel dos operadores do Direito no sistema de Justiça.
A monatem será fiel ao texto original (1854) exceto por um ponto: a participação de mulheres. Dirigido pela serventuária do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro) e diretora teatral Silvia Monte, o espetáculo encenado há 18 anos nos palcos da EMERJ gera reflexões sobre a atual polarização de opiniões e suas consequências. A primeira peça organizada pela EMERJ, em 2001, foi traduzida e adaptada pelo professore e diretor José Henrique.
O diretor-geral da Escola da Magistratura do Rio, desembargador André Andrade, será o juiz do Tribunal do Júri. Os jurados serão interpretados pelos desembargadores Ana Maria Oliveira (jurada 4), Antônio Carlos Esteves Torres (jurado 2), Claudio dell´Orto (jurado 3), José Muiños Piñeiro (jurado 11) e Katya Monnerat (jurada 12); pelos juízes de direito Elizabeth Louro (Jurada 7) e Renato Charnaux Sertã (jurado 6); pelos advogados e desembargadores aposentados Geraldo Prado (jurado 8) e Marcus Faver (jurado 9); pelos renomados advogados José Roberto de Castro Neves (jurado 5) e Paulo Cezar Pinheiro Carneiro (jurado 10); e pelo advogado e dramaturgo Ricardo Leite Lopes (primeiro jurado).
As inscrições para a única apresentação estão abertas no site da EMERJ. A classificação indicativa é de 14 anos. A peça será encenada no Auditório Antônio Carlos Amorim (Rua Dom Manuel, s/n, Lâmina 1, 4º andar – Centro do Rio) e está sujeita a lotação (capacidade máxima de 500 lugares).
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Adaptações da obra
“Twelve Angry men”, do americano Reginald Rose, foi traduzida no Brasil como “Doze homens e Uma Sentença”. A peça foi escrita originalmente em 1954, no contexto da Guerra Fria, para um drama televisivo. Três anos depois, Rose adaptou o texto para clássico filme dirigido por Sydney Lumet. Outras duas versões foram escritas para o teatro e para filme de televisão.
O autor aborda, com maestria, as várias facetas de cada um dos 12 jurados, as nuances de personalidade, cultura e visões de mundo que determinam suas ações e pontos-de-vista sobre a responsabilidade de estarem decidindo sobre a vida de um jovem que, se for considerado culpado, será punido com a pena de morte.
A discussão acerca da inocência ou da culpabilidade do réu serve de base para a reflexão sobre outra questão tão relevante quanto a vida de um homem: a democracia.
*Com informações de EMERJ