Destaques da Home | 01 de fevereiro de 2018 09:37

Juízes discutem com Crivella contratações do Jovem Aprendiz pela prefeitura

A Prefeitura do Rio quer contratar adolescentes inscritos na Central de Aprendizagem da Corregedoria-Geral da Justiça do TJ-RJ, por meio do programa Jovem Aprendiz. Nesta terça-feira (30), o prefeito Marcelo Crivella conversou com os juízes Sérgio Ribeiro e Vanessa Cavalieri, da Coordenadoria Judiciária de Articulação das Varas da Infância, Juventude e Idoso (CEVIJ).

Leia mais: Vencedor do Prêmio AMAERJ Patrícia Acioli ganha Innovare
Projeto do TJ-RJ é finalista do Prêmio Innovare

A Central de Aprendizagem foi criada para facilitar o ingresso de jovens e adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas e em acolhimento no mercado de trabalho. Ela funciona como um banco de dados que auxilia as instituições que devem cumprir a cota de aprendizagem imposta por lei a identificar e contratar os aprendizes. Mais de 500 candidatos à aprendizagem já estão cadastrados na plataforma, à disposição das empresas.

“Inicialmente, a proposta da prefeitura é contratar os jovens para atuarem na Comlurb. Mas o prefeito Marcelo Crivella tem grande preocupação em fazer projetos voltados para o jovens e vai analisar se outras empresas do município podem receber os adolescentes. Estamos bastante otimistas e esperamos beneficiar cerca de 900 jovens até o fim de 2018”, disse a juíza Vanessa Cavalieri.

Levantamento da Comissão Interinstitucional do Estado do Rio de Janeiro para a Aprendizagem (Cierja) mostra que o Estado do Rio oferece 93 mil vagas no Jovem Aprendiz, sendo que mais de 40 mil estão ociosas. São necessárias aproximadamente 5 mil vagas para atender completamente a esse público em vulnerabilidade social.

Passo a passo
Durante a reunião, o prefeito falou sobre a vontade de reativar o programa Passo a Passo, em que tutores são contratados pela Prefeitura para orientar adolescentes que cumprem medidas socioeducativas e estão em liberdade assistida. A expectativa é contratar 800 profissionais e que cada um seja responsável por 20 a 25 jovens, acompanhando seu desempenho escolar e dando orientações vocacionais.

Participaram da reunião a deputada Tia Ju, presidente da Comissão de Assuntos da Criança, do Adolescente e do Idoso da Assembleia Legislativa e o juiz do Trabalho André Gustavo Bittencourt Villela, que integra a Cierja.