Nem da Rocinha | Foto: A. Beatriz/ Reuters

O Conselho de Sentença do 3º Tribunal do Júri condenou, na noite de quarta-feira (5), o traficante Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha, a 66 anos de prisão. A sentença foi dada por homicídio qualificado e ocultação de cadáver de duas mulheres. Na sentença, a juíza Tula Mello (20ª Vara Criminal do TJ-RJ) destacou a liderança do réu na comunidade da Zona Sul do Rio.

“Assim, considerando o longo período da apontada liderança, bem como a vastidão de agentes sob o comando do acusado, que exercia poder avocando funções exclusivas do Estado, impedindo, inclusive, que o Estado exercesse na plenitude sua soberania, face ao exército de criminosos associados e cumpridores de ordens do réu e, finalmente, o poder bélico necessário para a garantia da liderança na comunidade”, destacou a magistrada.

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A modelo Luana Rodrigues de Sousa, de 20 anos, e da amiga Andressa de Oliveira, de 25 anos, foram mortas em maio de 2011. Segundo a denúncia do Ministério Público, o motivo do crime foi o fato de as jovens terem desaparecido com uma carga de haxixe, avaliada em R$ 30 mil.

Outro réu, Thiago de Souza Cheru, foi condenado a 30 anos e quatro meses de reclusão. Os réus Anderson Rosa Mendonça e Rodrigo Belo Ferreira foram absolvidos.

Na primeira audiência, realizada na terça-feira (4), a juíza ouviu algumas das 25 testemunhas de acusação e 19 de defesa. Após sete de duração, a sessão foi interrompida e retomada na tarde desta quarta, quando Tula interrogou Nem.

Nem cumpre pena no presídio federal de Porto Velho, em Rondônia, na região Norte do país. Os demais estão no Complexo de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste do Rio. Três réus participaram do júri por videoconferência. Anderson solicitou, por meio de seu advogado, para não assistir ao julgamento.

Fontes: TJ-RJ e G1