O TRE-RJ (Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro) discute parceria com o Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES) para qualificar os servidores da Corte na Língua Brasileira de Sinais (Libras), além de formar um cadastro de pessoas surdas que desejem se inscrever como mesários voluntários nas eleições de 2020.
A desembargadora eleitoral Glória Heloiza Lima da Silva (presidente da Comissão Permanente de Acessibilidade e Inclusão do TRE-RJ) tratou do tema com representantes do Instituto, em reunião na terça-feira (13).
“Só assim conseguiremos atingir a máxima da democracia, expressa na noção de que cada cidadão deve ser protagonista no cenário eleitoral”, disse. Para a magistrada, a designação dos mesários surdos representa “o empoderamento” desse grupo social.
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“Queremos e sonhamos com a consciência política madura, com o exercício do voto responsável e consciente, capaz de promover a transformação social que buscamos. Pertencimento e cidadania são os princípios que orientam nosso trabalho”, ressaltou.
Para Glória Heloiza, a atuação das pessoas surdas como mesários voluntários reafirma a vocação democrática da Justiça Eleitoral. “Queremos reiterar que a Justiça Eleitoral é, por excelência, uma Justiça cidadã. A Justiça de todos.”
Chefe de gabinete da diretoria da INES, Ana Regina e Souza Campello também entende que a atuação dos mesários surdos significa uma medida de inclusão social. “É muito importante que estejamos em diferentes espaços sociais. É preciso uma mudança de compreensão na sociedade para que possamos alcançar uma efetiva socialização dos surdos”, afirmou.
Fonte: TRE-RJ