AMAERJ | 12 de abril de 2018 19:17

Biblioteca do TJ-RJ passa a se chamar Desembargador José Carlos Barbosa Moreira

Os 10 mil livros que formavam o acervo pessoal do desembargador José Carlos Barbosa Moreira agora integram a biblioteca do TJ-RJ e da EMERJ. O espaço foi reinaugurado nesta quinta-feira (12) na Lâmina III do TJ-RJ (R. Dom Manuel, 37, Centro do Rio de Janeiro) e leva o nome do magistrado morto em agosto de 2017.

Com as aquisições, a Biblioteca José Carlos Barbosa Moreira passa a ter 280 mil livros para acesso e consulta do público em geral. A unidade fica aberta ao público das 9h às 19h. Também foi inaugurada uma exposição com artigos periódicos e acadêmicos e pensamentos do magistrado.

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Presidente da EMERJ, o desembargador Ricardo Cardoso agradeceu a doação à família de Barbosa Moreira. Ele lembrou a trajetória do desembargador, que é considerado um dos maiores processualistas do país. A reinauguração faz parte das comemorações dos 30 anos da EMERJ

“A modernização das instalações e a renovação do acervo a transforma em espaço de convivência, desenvolvimento cultural e incentivo ao estudo. Barbosa Moreira foi e sempre será referência no universo jurídico nacional e internacional e sempre estará entre os maiores processualistas do país. Seu acervo está disponível para ser lido e consultado por todos”, disse.

O presidente do TJ-RJ, desembargador Milton Fernandes de Souza, ressaltou a trajetória acadêmica de Barbosa Moreira, que lecionou na Universidade do Estado do Rio (Uerj), na Faculdade Nacional de Direito (FND/UFRJ), na PUC-Rio, na Universidade Cândido Mendes além de universidades na Europa.

“Ele era, acima de tudo, uma pessoa humilde e forjou o pensamento jurídico de juízes, desembargadores, advogados, procuradores e ministros. Quando faleceu, sua família ofertou doar a biblioteca, mas não quis destaque para o acervo, apenas acesso público”, afirmou.

Filhos de Barbosa Moreira, Carlos Roberto, José Henrique e Luiz Eduardo representaram a família do professor e desembargador. Carlos Roberto lembrou que o pai dedicou mais de 50 anos às atividades relacionadas ao Direito, como procurador, magistrado, professor e escritor.

“Formou sua biblioteca com mais de 10 mil livros dedicados aos temas jurídicos. É um valioso patrimônio literário com obras clássicas brasileiras e estrangeiras, principalmente no campo do Direito Processual. São livros que devem continuar a ser lidos e que podem se tornar fontes de novas reflexões e produções intelectual de alto nível. Meus irmãos e eu concluímos que entre as instituições que nosso pai fora vinculado, o Tribunal de Justiça era a que reunia as melhores condições para receber o acervo. Temos a convicção que os livros doados servirão à comunidade jurídica e estão acessíveis ao público”, ressaltou.

Participaram da cerimônia de inauguração o corregedor-geral da Justiça, Claudio de Mello Tavares; os ex-presidentes do TJ-RJ Miguel Pachá (2003-2004), José Carlos Schmidt Murta Ribeiro (2007-2008); a primeira vice-presidente do TJ-RJ, Elisabete Filizzola; o vice-presidente do TRE-RJ, Carlos Santos; a presidente da AMAERJ, Renata Gil; o presidente do IMB, Roberto Guimarães; e representantes do MP-RJ e da Defensoria Pública do Estado.