A juíza Tula Mello, da 17ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), autorizou o cumprimento de 31 mandados de prisão contra traficantes do Morro dos Macacos, em Vila Isabel. Na manhã desta sexta-feira (6), cerca de mil agentes das policiais Civil e Militar e das Forças Armadas, com apoio de helicópteros e veículos blindados, realizaram uma megaoperação na comunidade com o objetivo de desarticular o tráfico de drogas. Até 18h, 10 pessoas tinham sido presas e dois menores, apreendidos.
Na ação, 10 pessoas foram presas e dois menores foram apreendidos, além de uma grande quantidade de drogas apreendida. Ao longo de três meses de investigação, os agentes da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) e da 20ª Delegacia de Polícia (Vila Isabel) filmaram as ações dos traficantes. A juíza elogiou o trabalho realizado pelos policiais.
“É um trabalho excelente do delegado responsável (Marcus Vinicius Braga) pela investigação, que identificou todos [os traficantes envolvidos] por fotografias tiradas na comunidade, portando fuzis e pistolas”, disse.
De acordo com a polícia, seis traficantes do Morro dos Macacos teriam participado da invasão à Favela da Rocinha, em São Conrado, em 17 de setembro. Entre os procurados, está Leandro Nunes Botelho, conhecido como Scooby. Ele foi identificado como chefe do tráfico de drogas do Morro dos Macacos e está envolvido nas disputas entre traficantes da Rocinha.
“Em princípio, a operação era para cumprir os 31 mandados de prisão. Só que nesse ínterim, veio a guerra da Rocinha. E os traficantes do Morro dos Macacos participaram da guerra. Essa operação tem um caráter de prevenção. Eles não só participaram da primeira invasão (à Rocinha) como hoje são, na verdade, a segunda comunidade mais importante para a facção criminosa que existe na zona norte. Então, há uma possibilidade dessa comunidade realmente servir de base para uma futura invasão”, observou o delegado Marcos Vinícius Braga.
O comandante da UPP dos Macacos, capitão Rafael Braga, afirmou que o trabalho foi planejado para evitar confronto direto entre policiais e traficantes. “O trabalho de monitoramento visou preservar a vida dos moradores da comunidade. Acompanhamos as ações dos criminosos, filmamos e levamos à 20ª DP para, posteriormente, obtermos os mandados de prisão”.
(Com informações do G1)