Brasil | 01 de dezembro de 2017 15:52

SP e Rio trocam presos de facções criminosas

* UOL

Os governos de São Paulo e do Rio de Janeiro realizaram a transferência de 160 presos que são acusados de ligação com facções criminosas que agem nos dois Estados. A transferência ocorreu entre esta quinta (30) e sexta-feria (1º) com autorização da Justiça e apoio do Ministério da Justiça e do Departamento Penitenciário Nacional.

Em geral, detentos são mantidos em unidades prisionais dos Estados onde foram presos. Mas, segundo analistas, no caso de membros de organizações criminosas, a transferência pode ocorrer para evitar conflitos entre facções dentro de presídios.

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A reportagem apurou que detentos ligados ao CV (Comando Vermelho) foram transferidos para o Rio de Janeiro e criminosos do PCC (Primeiro Comando da Capital) enviados para São Paulo.

Em nota, o Depen (Departamento Penitenciário Nacional) afirmou que, ao todo, foram transferidos 160 presos. “A primeira etapa da operação foi concluída na quinta-feira (30). Nesta sexta-feira (1º), a operação transcorre com sucesso”, informou.

“O resultado esperado é mais agilidade nos processos judiciais ao devolver para os estados de origem os presos que aguardavam julgamento em unidades prisionais distantes de onde cometeram os crimes”, complementou o departamento.

Em nota, a Seap (Secretaria de Estado de Administração Penitenciária) do Rio de Janeiro confirmou as transferências ao UOL. “A Seap transferiu na manhã de ontem, 30 de novembro, 42 internos para São Paulo. Todos são paulistas e haviam cometido crimes no Rio de Janeiro”, informou.

Da mesma forma a Seap recebeu ao menos 32 detentos cariocas que cometeram crimes em São Paulo e estavam presos no Estado paulista.

A transferência ocorreu por meio de um avião da FAB (Força Aérea Brasileira).

Além do auxílio das Forças Armadas, a transferência teve forte apoio das polícias Militar e Civil de cada Estado, além de agentes penitenciários. Procurada, a SAP (Secretaria da Administração Penitenciária) de São Paulo não se manifestou sobre o assunto até a publicação desta reportagem.

Fonte: UOL