O CNJ (Conselho Nacional de Justiça) promoveu, nesta terça-feira (5), o seminário “A Magistratura do Futuro”. O encontro teve como ponto de partida a pesquisa “Quem Somos. A Magistratura que queremos”, publicada pela AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros) em fevereiro deste ano. Membros da comissão do estudo, a presidente da AMAERJ, Renata Gil, e a juíza do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro) Marcia Correia Hollanda participaram do encontro.
No seminário, realizado no Plenário do CNJ, Marcia Hollanda (diretora da AMAERJ de Acompanhamento de Procedimentos no CNJ) destacou a questão da equalização da força do trabalho de primeiro e segundo graus. Renata Gil, coordenadora-adjunta da pesquisa, participou da abertura do encontro. Ela enfatizou que o uso da inteligência artificial nos tribunais é o grande desafio da Magistratura: “A tecnologia ajuda na celeridade. Precisamos avançar nesse ponto”.
Coordenador do levantamento, o ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Luis Felipe Salomão lembrou que “a proposta da pesquisa é dar transparência à Magistratura e contribuir com a criação de políticas públicas pelo CNJ”.
O presidente da AMB, Jayme de Oliveira, apresentou o levantamento, no qual os magistrados responderam sobre suas percepções a respeito de qualidade de vida, saúde e trabalho, atuação no dia a dia, formação acadêmica e perfil socioeconômico. “No associativismo, para além das nossas pautas, que nos atropelam diariamente, temos que encontrar tempo para o pensamento científico, para cultura que é própria da nossa atividade”, destacou ele.
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O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) e do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), Dias Toffoli, destacou que a maioria dos magistrados entende ser legítimo recorrer a princípios constitucionais nos seus julgamentos. O objetivo, segundo o ministro, é “compelir os demais poderes a assegurar a efetividade dos direitos, especialmente quanto à saúde, educação e segurança, o que revela forte comprometimento da magistratura com os eixos da responsabilidade e da cidadania, sempre respaldados pelo equilíbrio e pela harmonia com os demais poderes”.
O seminário, além dos ministros e magistrados, reuniu o corregedor Nacional de Justiça, ministro Humberto Martins; o ministro do STJ Antônio Saldanha; o secretário Especial de Programas, Pesquisas e Gestão Estratégica do CNJ, Richard Pae Kim; os representantes da Anamatra (Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho) e Ajufe (Associação dos Juízes Federais do Brasil), Noemia Porto (presidente) e Newton Pereira (vice-presidente) e conselheiros do CNJ.
*Com informações de AMB e CNJ