Quando se há necessidade de dados, seja para compreender uma realidade ou monitorar desempenhos, há duas exigências: a de acesso a informações completas e a de uma interpretação adequada destes dados – para que não sejam apenas um amontoado de números e siglas. Pensando nisso, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) consolidou na Sala Íris a junção entre a tecnologia e a análise, aliando a inteligência artificial com profissionais qualificados para facilitar o acesso dos magistrados a informações relevantes às atividades jurídicas.
Na sala, localizada no 10º andar da Lâmina 2 do Fórum Central, indicadores relativos aos principais serviços e atividades administrativas do TJ-RJ são exibidos em telas que tomam conta de uma parede inteira da sala principal de Business Intelligence. São informações como número de servidores lotados em determinado cartório, de ações em andamento por Vara e número de novos casos de feminicídio ou violência contra a mulher, sempre atualizadas.
Há também aquelas informações mais sensíveis, que, em respeito à Lei Geral de Proteção de Dados, ficam restritas à equipe de administração. Aquelas cuja publicação são permitidas, também ficam disponíveis no site da Sala Íris para a população.
Em resumo, a Íris é uma grande central de dados do TJ-RJ, que centraliza o acesso a todos os bancos de dados do Judiciário fluminense, sejam eles da área judicial ou da área administrativa. A obtenção desses indicadores facilita a tomada de decisão dos magistrados, de forma ágil e prática.
Segundo Rodrigo de Oliveira Rocha, secretário geral de Dados Gerenciais e Análise de Indicadores, a sala transforma dados brutos em indicadores que favorecem a elaboração de boas estratégias. “O magistrado precisa saber se já bateu uma meta, de monitorar a produtividade do órgão. Temos aqui, por exemplo, painéis sobre as contratações do Tribunal, de processos licitatórios completos, com prazos e renovações. Eles são acessíveis e facilitam o trabalho no dia a dia”, elucidou.
Rocha acrescentou que há outros projetos em andamento na Sala e citou um programa, ainda em fase de desenvolvimento, que pretende unir as bases de dados do Sistema de Distribuição e Controle de Processos (DCP) e do Processo Judicial Eletrônico (PJe).
“Essas bases de dados não estão consolidadas. Para extrair informações de ambas, é necessário fazê-lo de forma separada. A Sala Íris vai implementar um programa adaptado que consiga fazer uma junção dessas informações, é uma meta para o fim deste ano. Assim, os magistrados poderão acompanhar a própria produtividade em um relatório único”, mencionou o secretário.
O contato com a Sala Íris pode ser feito pelo e-mail sgdai@tjrj.jus.br ou pelos telefones (21) 3133-4361/3133-3427. O local fica aberto para visitação de segunda a sexta-feira, das 11h às 18h.
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