“Hoje, os problemas parecem pequenos. A Maria Eduarda me ensina isso todos os dias”, disse a psicopedagoga Sheila Novaes, que sempre sonhou ser mãe. Ela fez tratamentos para engravidar até decidir pela adoção. Em 2016, ela e o marido foram convidados a conhecer Maria Eduarda em um abrigo. A garotinha, de 6 meses, havia sido abandonada pela mãe. Além de ter microcefalia, a menina nasceu sem uma parte do cérebro. No mesmo dia, eles deram início ao processo de adoção. Cercada de carinho e cuidados médicos, a menina já anda e entende tudo a sua volta. Esta e outras histórias de adoção de bebês com microcefalia estão na nova edição da revista Veja Rio.
De acordo com o juiz Sérgio Ribeiro (diretor de Direitos Humanos e Proteção Integral da AMAERJ), reportagens como essa ajudam a esclarecer a boa prática da adoção, na qual uma criança – não importando o perfil – deve ser encaminhada para uma família.
“A maioria dos candidatos a pais adotivos busca bebês brancos e saudáveis. Mesmo assim, muita gente ficou comovida com a situação desses bebês quando as imagens surgiram, em 2016, e alguns, contrariando o senso comum, transformaram em seus filhos crianças abandonadas pelos pais biológicos”, destaca, acrescentando que a revelação de casos reais aproxima mais pretendentes à adoção de bebês e crianças.
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Em outro caso, em Barra Mansa, a juíza Lorena Boccia não escondeu a emoção em realizar a audiência e ver a expressão de satisfação da criança ao rever a mulher, Joana Darc Rodrigues, que adotou a criança depois de ser abandonada.
No Brasil, há mais de 7.500 crianças e adolescentes à espera de uma família, sendo 1.780 vivendo em abrigos no Rio e 569 destas aptas para adoção imediata. Na outra extremidade, existem mais de 3.580 pretendentes à adoção somente no estado. Conciliar estes números é o grande desafio. Para estimular a mudança de perfil na adoção a AMAERJ criou o projeto “O Ideal é Real – Adoções Necessárias”. Saiba mais sobre o projeto aqui.