AMAERJ | 26 de outubro de 2017 16:46

Revista FÓRUM: Defesa da dignidade humana

Fotos: Marcelo Regua

AMAERJ premia em novembro iniciativas excepcionais que contribuam para a sociedade. 6º Prêmio Patrícia Acioli recebeu 224 inscrições

POR DIEGO CARVALHO

Em tempos de violência e intolerância em diferentes cantos do Brasil e do mundo, o Prêmio AMAERJ Patrícia Acioli de Direitos Humanos abriu as portas e deu voz para pessoas e projetos que lutam pela vida e pela paz. Lançada em 7 de agosto, a 6ª edição recebeu 224 inscrições de todas as regiões e de 20 Estados do País, sobre o tema “Direitos Humanos e Cidadania”.

Das quatro categorias, a que recebeu o maior número de inscritos foi Reportagens Jornalísticas, com 101 matérias, seguida por Trabalhos Acadêmicos (72), Práticas Humanísticas (37 ações) e Trabalhos dos Magistrados, com 14 projetos.

Na cerimônia de lançamento, na Corregedoria Geral da Justiça do Rio de Janeiro, os magistrados destacaram a luta da juíza Patrícia Acioli, assassinada em 2011, em defesa da dignidade humana.

“O Prêmio tem como objetivo principal resgatar a memória da Patrícia, juíza tão importante que dedicou a sua vida ao trabalho. É uma homenagem e uma preservação de sua história. O Prêmio é uma joia, um momento muito importante de aproximação com a sociedade”, afirmou a presidente da AMAERJ, Renata Gil. Ela destacou que a premiação apresenta práticas positivas e inovadoras. “Nosso trabalho é estimular a nova geração a olhar para os direitos humanos”, disse.

O presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, Milton Fernandes, parabenizou a AMAERJ pela iniciativa. “A memória da juíza Patrícia Acioli extrapola o âmbito jurídico e incentiva trabalhos com resultados sociais expressivos”, disse.

Para o presidente da ABI (Associação Brasileira de Imprensa), Domingos Meirelles, o Prêmio é prestigioso para os profissionais de diferentes carreiras. “A premiação se reveste de uma significação especial, pois homenageia todos os jornalistas que se envolveram na investigação para que os responsáveis pelo assassinato fossem identificados e responsabilizados. Vida longa ao Prêmio!”

Terceira colocada do Prêmio em 2016 (Trabalhos dos Magistrados), com o projeto “Família Legal”, a juíza Noeli Reback (TJ-PR) afirmou que decidiu participar do concurso pela relevância de Patrícia Acioli. “A morte de Patrícia não foi em vão. Temos a obrigação de reverter a situação absurda de violência. Não podemos nunca nos sentir desanimados. Depois do prêmio, a nossa equipe se sentiu muito mais animada e tivemos uma ótima resposta. Este ano, regularizamos mais de 100 famílias.”

Jurado do Prêmio em 2016, o professor Marcelo Alves Lima afirmou que a premiação potencializa o legado de Patrícia Acioli e oferece visibilidade a projetos com enorme potencial. Também participaram do lançamento o corregedor-geral da Justiça do Rio, Claudio de Mello Tavares, a diretora de Direitos Humanos e Proteção Integral da AMAERJ, Marcia Succi, o defensor público-geral André Luís de Castro e o subprocurador-geral de Justiça do Ministério Público Eduardo Lima Neto, além de Mike Chagas, Ana Clara e Maria Eduarda – filhos de Patrícia Acioli.

O lançamento contou com a apresentação da Orquestra da Providência Som+Eu e do conjunto Le Quartier Jazz, que tem como integrante o juiz Carlos Saraiva, diretor Cultural da AMAERJ.

Neste ano, o vídeo de divulgação do Prêmio foi exibido nos intervalos comerciais da TV Globo. Gravado no Tribunal Pleno, o filme foi apresentado pela atriz Guilhermina Guinle. Ela abriu mão de receber cachê pela gravação. “É uma honra contribuir com o Prêmio, uma homenagem mais do que merecida à memória da juíza Patrícia Acioli. A premiação é de uma representatividade gigantesca na defesa dos direitos humanos”, disse Guilhermina.

Trabalhos de destaque

Um júri composto por especialistas de destaque nas quatro áreas selecionará os trabalhos. Serão premiadas iniciativas excepcionais que contribuam para a sociedade. Cada categoria terá cinco finalistas. O primeiro colocado de cada uma delas receberá R$ 15 mil. O segundo lugar, R$ 10 mil. O terceiro, R$ 5 mil. Os três primeiros também ganharão um troféu. Os demais finalistas serão agraciados com uma Menção Honrosa. Na categoria Trabalhos dos Magistrados, os três primeiros colocados receberão um troféu.

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, receberá o Troféu Hors-Concours por sua notável atuação em Direitos Humanos. A cerimônia de premiação acontecerá em 6 de novembro, no Tribunal Pleno do TJ-RJ.

O Prêmio tem como parceiros Caixa Econômica Federal (CEF), Multiplan, Confederação Nacional do Comércio (CNC) e Anoreg-RJ (Associação dos Notários e Registradores do Brasil-RJ) e tem o apoio do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro.

Criada em 2012, a premiação celebra a memória da juíza, da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, morta em 2011, em Niterói, por policiais militares.

Veja aqui a íntegra da revista FÓRUM.