Cidade no sul da Espanha deslumbra os turistas
Por Sergio Torres
Não há em Sevilha, o diamante andaluz, um lugar que se olhe e se diga a seguir: “que lixo isso aqui”. Porque em Sevilha tudo é mais que bonito; tudo é estupendo. Até a parede mais simples da rua mais modesta tem beleza. Portanto, se for a Espanha, país de tantas atrações maravilhosas, saiba: não visitar Sevilha é crime de lesa turismo.
Para falar da capital sevilhana, é necessário um preâmbulo sobre a Andaluzia. A região espanhola ao sul, quase no Mar Mediterrâneo tem ao menos duas cidades também portentosas: Granada, sede do Alhambra, secular fortaleza, atração mais visitada do país, e Córdoba, da colorida mesquita-catedral de 1.200 anos.
Voltemos a Sevilha, pois. Primeiramente com o conselho pessoal de evitá-la no verão. A temperatura pode chegar aos 50 graus Celsius. Tem quem goste. Prefiro o frio do inverno. Neste início de janeiro os termômetros marcavam de 10 a 15 graus. Bem mais agradável.
Sevilha recebe os milhares de turistas da melhor forma possível: gentileza, hospitalidade, lindas atrações turísticas, comércio variado, presuntos, queijos e vinhos e, sobretudo, beleza para os olhos. Em todas as ruas e alamedas, árvores carregadas de laranjas, símbolo da cidade.
Aproveite para se perder pelo bairro Santa Cruz. Não consulte o mapa na caminhada. Aquele labirinto sempre vai te levar a algum destino especial.
A Plaza de España pode ser acessada pelo calçadão que acompanha as margens do Rio Guadalquivir, preferencialmente a partir da Torre de Ouro, marco histórico e arquitetônico da cidade. Na encantadora praça, um suntuoso palacete, parques e até barcos de aluguel para passeios no canal em frente.
No Centro Histórico, destaque para a catedral, a maior do mundo em estilo gótico, e a anexa Torre Giralda, antigo minarete erguido pelos mouros durante a ocupação da Península Ibérica. Do alto da Giralda, avista-se Sevilha em 360 graus. Não é tão difícil subir a torre. São 35 rampas curtas, não há degraus.
Sevilha também é a terra do flamenco, típica manifestação de música e dança da Andaluzia. No bairro Triana, do outro lado do rio, o flamenco puro. Em Santa Cruz, na rua mesmo, apresentam-se, em troca de gorjetas, talentosíssimos dançarinos, cantores e instrumentistas.
Ainda obrigatória a visita ao Real Alcázar, patrimônio da humanidade desde 1987. Os primórdios do castelo e seus jardins datam de 713. Ao longo do século, o Alcázar adquiriu variados estilos, como o mudéjar, tradicional da Andaluzia.
Muitas outras atrações há em Sevilha. Não deixe de aproveitá-las. Para chegar na cidade, o ideal é pegar o trem-bala em Madri. Em duas horas você estará em uma das mais lindas cidades do mundo.