Brasil | 31 de outubro de 2016 09:32

Renan pede desculpas e diz que Cármen Lúcia é ‘exemplo de caráter’

* Folha de S.Paulo

renan-carmen-michel

Antes da reunião de sexta-feira (28), para discutir segurança pública, o presidente do Senado, Renan Calheiros, ligou para a presidente do STF, Cármen Lúcia, e pediu desculpas pela polêmica gerada nesta semana por críticas feitas por ele ao Judiciário.

Renan falou com a ministra do Supremo Tribunal Federal na quinta-feira (27) por telefone. Na conversa, primeiro pediu desculpas à presidente do STF e disse que a respeitava e admirava pelo trabalho à frente do Judiciário. Depois, disse que suas declarações têm de ser vistas como uma defesa do Legislativo, na mesma linha do que fez Cármen Lúcia ao rebater as críticas dele, defendendo o Judiciário.

O presidente do Senado condenou a decisão de um juiz da primeira instância, que autorizou a Operação Métis, prendendo quatro policiais do Legislativo sob acusação de estarem criando “embaraços” à Lava Jato. Renan Calheiros chegou a chamar de “juizeco” o juiz que autorizou a medida, Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal.

Encontro

Depois de participar de uma reunião com o presidente Michel Temer, Cármen Lúcia e outras autoridades, no Itamaraty, para discutir o novo plano de segurança pública, Renan afirmou que tem “orgulho” de presidir o Congresso no mesmo período em que ministra comanda a Suprema Corte.

“Aproveitei a oportunidade para dizer que tenho muito orgulho, um orgulho que vou levar para minha vida, de ser presidente do Congresso Nacional no exato momento em que a presidente Cármen Lúcia é presidente do Supremo Tribunal Federal. Ela é, sem dúvida nenhuma, o exemplo do caráter que nós precisamos que identifique o povo brasileiro”, afirmou Renan.

Oficialmente, a reunião de sexta, que durou mais de três horas, serviu para tratar do novo plano de segurança pública, com enfoque principalmente nas fronteiras.

O encontro, comandado por Temer, é o primeiro de uma série para discutir o aumento da criminalidade no país e deve contar com outras versões, com governadores e secretários estaduais de segurança pública.

Fonte: Folha de S.Paulo