O corregedor-geral da Justiça, Cláudio de Mello Tavares, se reuniu na sexta-feira (7) com os juízes do 11º NUR (Núcleo Regional), no Fórum de Macaé (Norte Fluminense). Eles trataram das propostas para melhorar a prestação jurisdicional na região. “Quis ser corregedor pensando em ajudar a primeira instância e é o que estamos fazendo. O diálogo é a melhor maneira de resolvermos os problemas.”
Tavares falou sobre sua proposta de resolver possíveis dificuldades que provocam atrasos no trâmite de processos através do diálogo e da união de todos em prol do jurisdicionado. Ele voltou a se colocar como parceiro dos magistrados. “É importante cumprirmos nosso papel nessa função que lutamos muito para exercer. Se estamos nessas funções por vontade própria, temos que trabalhar com cuidado e apreço.”
Também participaram da reunião o coordenador do Núcleo de Juízes Auxiliares da Corregedoria (Nujac), juiz Luiz Umpierre de Mello Serra, e o juiz-auxiliar da CGJ Leonardo Grandmasson. Mello Serra ressaltou a importância de o juiz gerir bem o seu cartório.
“Nenhum trabalho qualificado será produzido se o juiz não olhar para seu cartório, para seu R.E. (responsável pelo expediente) e para os indicadores de sua serventia. Mais de 60% das reclamações que chegam na Ouvidoria são referentes à morosidade. Seja de juntada de petição, de expedição de mandados ou outros. A preocupação maior do corregedor é com o jurisdicionado. Por isso, ele fala em gestão. O juiz tem que estar integrado com seus servidores, com sua equipe, acompanhando a produtividade de todos”, afirmou.
Ele destacou a necessidade de as sentenças serem curtas. “Não adianta fazer um tratado com 30 páginas enquanto existem muitos outros processos na fila. Deem sentenças sucintas. Prestamos um serviço de natureza pública e quanto mais rápido dermos a sentença, melhor.”
Leonardo Grandmasson, coordenador da Diretoria Geral de Fiscalização e Assessoramento Judicial (DGFAJ), ressaltou que a visita das equipes de fiscalização aos não tem o objetivo de punir juízes e servidores, mas de saber o que impede a prestação de um bom serviço à população.
“Estamos monitorando os dados e mapeando a produtividade de todas as Varas. As equipes mostram os gargalos e apontam o que pode ser feito para melhorar a prestação jurisdicional. Por exemplo, alguns chefes de serventia não fizeram cursos de processamento eletrônico e de gestão de cartório. Eles e seus substitutos farão isso agora. Eu mesmo fiz o de gestão. Temos que aprender tudo isso.”
Os juízes elogiaram a postura do corregedor por uma visão de parceria, união e diálogo. Fazem parte do 11º NUR as comarcas de Cabo Frio, Araruama, Armação dos Búzios, Arraial do Cabo, Casimiro de Abreu, Iguaba Grande, Rio das Ostras, São Pedro da Aldeia e Saquarema.
(Com informações e foto da CGJ)