Judiciário na Mídia Hoje | 30 de junho de 2022 14:28

Projeto do TJ do Rio que orienta gestantes a entregarem bebês legalmente para adoção será implantado pelo CNJ

*O Globo/Ancelmo Gois

O caso Klara Castanho despertou muitas dúvidas sobre como uma gestante pode entregar o bebê recém-nascido para adoção. Pois o Conselho Nacional de Justiça deve lançar um marco regulatório que estabelece as regras para todos os tribunais do país.

A iniciativa é inspirada no projeto ‘Entregar de Forma Legal é Proteger’, do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ), que existe desde 2017.

O projeto funciona assim: a gestante comunica a intenção de entregar a criança para adoção, essa informação é passada para a Vara da Infância e Juventude. Em seguida, a gestante é atendida por uma equipe técnica.

Depois do nascimento da criança, a mãe biológica precisa comparecer a uma audiência judicial com a presença do Ministério Público e de um advogado ou de um defensor público para reafirmar o desejo da entrega da criança para adoção. O procedimento é feito para verificar se é um desejo maduro e para serem esclarecidos os efeitos da adoção. Se a mãe biológica confirmar esse desejo é proferida a sentença e o poder familiar é destituído.

A lei dá um prazo de 10 dias antes da criança ser colocada no Sistema Nacional de Adoção, para que a mãe biológica possa manifestar caso haja algum arrependimento da decisão.

Leia também: EMERJ entrega Troféu Romy a dez mulheres engajadas na causa feminista
Revista Fórum: Perfil dos 52 novos integrantes da Magistratura do Rio
Trekking no maciço da Pedra Branca acontecerá em 16 de julho