Notícias | 13 de agosto de 2011 23:19

Presidentes da Amaerj e da AMB se reúnem com chefe da Polícia Civil do Rio

Na manhã deste sábado (13), dois dias após o assassinato da juíza Patrícia Acioli, os presidentes da Associação dos Magistrados do Estado do Rio de Janeiro (Amaerj), Antonio Cesar Siqueira, e da AMB, Nelson Calandra, estiveram na Divisão de Homicídios da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, para conversar com a Chefe da Polícia Civil do Estado, delegada Martha Rocha, que estava acompanhada do delegado responsável pela investigação do caso, Felipe Ettore.

Os magistrados reforçaram o pedido de empenho na apuração da morte da juíza, que foi morta com 21 tiros na frente de casa, no bairro de Piratininga, em Niterói, Região Metropolitana do Estado. Segundo Calandra, crimes como esse são motivados pela sensação de impunidade vivida pela sociedade atualmente. “Precisamos de um sistema de segurança nacional para proteção de magistrados”, reafirmou o presidente da AMB, que, desde o início de seu mandato, em dezembro passado, tem feito gestões pela adoção de uma política nacional de segurança pública para os Magistrados junto aos Poderes Executivo e Legislativo.

A delegada Martha Rocha afirmou que o caso está sendo apurado com todo o empenho necessário. Para ela, o assassinato da juíza também representa uma afronta às autoridades e ao Estado de Direito. “Esse caso é uma ofensa ao Estado Democrático de Direito e aos Poderes constituídos”, denunciou a delegada. Já Felipe Ettore, responsável pela investigação, agradeceu a iniciativa da AMB e da Amaerj e disse que a ajuda dos magistrados será muito importante para elucidar o crime. “Estamos todos juntos e empenhados nessa força-tarefa”, ressaltou.

Durante a reunião, Calandra e Siqueira também reafirmaram que confiam na qualidade do trabalho de investigação da Polícia do Rio. “Colocamo-nos, inclusive, à disposição de todas as autoridades para ajudar na apuração do crime”, disse o presidente da Amaerj. Ao deixarem a delegacia, os magistrados concederam entrevistas aos repórteres que estavam no local e ainda puderam conferir de perto as marcas do crime no carro da juíza, que foi estacionado ao lado da sede da Divisão de Homicídios.

Atuação serena e firme

Patrícia Acioli tinha 47 anos, era mãe de três filhos, e estava na carreira há quase vinte anos. Atualmente, era juíza titular da 4° Vara Criminal de São Gonçalo e sempre foi conhecida por agir com independência, serenidade e firmeza em suas decisões.

Na sexta, AMB e Amaerj assinaram uma nota conjunta à imprensa. Nela, as duas Associações manifestaram pesar e cobraram providências imediatas e rigor na apuração do crime. “Não descansaremos enquanto não forem presos os responsáveis por essa atrocidade e apurada a autoria. Queremos uma resposta rápida, enérgica e exemplar”, diz o texto.

Logo em seguida, a AMB enviou ofício ao Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para solicitar a formação de uma força-tarefa para investigação do caso. No final da noite de sexta-feira (12), o presidente da Associação também se reuniu com o secretário de Segurança do Estado, José Mariano Beltrame, que ofereceu todo o apoio à proposta.

Leia mais:

| Disque-Denúncia no RJ já recebeu 53 informações sobre morte de juíza

Com informações da AMB