A juíza Eunice Haddad, presidente da AMAERJ e vice-presidente de Assuntos Legislativos da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), participou de reunião com o próximo corregedor nacional de Justiça, ministro Mauro Campbell. Líderes associativos de todo o país estiveram no encontro, promovido pela AMB nesta quinta-feira (8), em Belém (PA).
O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) assumirá a Corregedoria em 3 de setembro para o biênio 2024-2026.
No encontro com os dirigentes associativos, o ministro Mauro Campbell expôs sua visão sobre a Magistratura, a condução da atividade jurisdicional e as diretrizes que pretende adotar à frente da Corregedoria.
As lideranças da Magistratura apresentaram ao futuro corregedor os anseios, necessidades e expectativas dos juízes de diversas localidades, como condições de trabalho, uso de tecnologia para maior produtividade, emprego de videoconferências nos órgãos de Justiça, questões remuneratórias e situação dos aposentados e pensionistas.
O presidente da AMB, juiz Frederico Mendes Júnior, destacou a importância da interlocução direta com o ministro. “A AMB convidou o futuro corregedor porque a gestão da Corregedoria representa dois anos em tarefas que importam para a Magistratura e para o Brasil. São atividades e decisões que impactam e modificam a vida dos magistrados”, disse.
Valorização da Magistratura
O ministro Mauro Campbell ressaltou o compromisso com a carreira e defendeu a valorização da Magistratura, destacando a necessidade de a sociedade reconhecer o elevado nível dos juízes brasileiros em comparação a outros países.
“Temos que nos autovalorizar. Só assim, nosso trabalho será valorizado”, afirmou. Para o ministro, é essencial “fazer com que a população não tenha dúvida de que tem, sim, os melhores juízes do mundo.”
Uma das estratégias para isso, segundo o ministro Campbell, é a publicidade sistemática dos atos da Justiça e da Magistratura, para que “haja a reversão do quadro equivocadamente negativo que as pessoas têm sobre nós”.
O futuro corregedor enfatizou a necessidade de os magistrados estarem presentes nas comarcas. Para ele, a tecnologia, incluindo a inteligência artificial, deve ser usada como apoio à atividade jurisdicional. O ministro afirmou que as videoconferências devem ser empregadas em casos excepcionais.
Questões remuneratórias
O ministro Mauro Campbell falou sobre a simetria constitucional entre a Magistratura e o Ministério Público, reforçada pelo CNJ em outubro do ano passado, que criou condições para o recebimento da licença compensatória. O futuro corregedor declarou apoio à valorização da carreira.
“Assumo publicamente que não será alterada a postura da Corregedoria em relação a isso. Tenho a exata noção da carga de trabalho de todos nós”, disse.
(Com informações e fotos da AMB)
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