O desembargador Mauro Pereira Martins, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), se despediu do plenário do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) nesta terça-feira (12). O conselheiro concluiu o seu mandato, que começou em dezembro de 2021. A juíza Eunice Haddad, presidente da AMAERJ e vice-presidente de Assuntos Legislativos da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), esteve na sessão, em Brasília.
Ao discursar, o conselheiro falou sobre sua atuação e agradeceu os integrantes do colegiado, assessores e servidores.
“Foi uma experiência extremamente honrosa nesses dois anos. No dia 14 de dezembro de 2021, tomei posse aqui no Conselho Nacional de Justiça na minha mais desafiadora missão ao longo de quase 30 anos de carreira como magistrado no Estado do Rio de Janeiro. Naquela oportunidade, tinha a expectativa de poder contribuir, ainda que minimamente dentro das minhas remotas possibilidades, para o aprimoramento da prestação jurisdicional e do Sistema de Justiça, tornando mais eficiente e acessível à sociedade”, disse.
“Quero crer que atuei de forma comprometida no sentido de colaborar e tornar a Justiça mais democrática. Não sei se atingi esse objetivo efetivamente, mas o fato é que dei o meu melhor. Nesse momento, tenho a consciência absolutamente tranquila de que atuei da forma que melhor eu podia. A cada dia eu me dediquei o máximo que pude. A minha palavra é de absoluto agradecimento. Penso que cada servidor público desse país deve dar o seu melhor no exercício da sua função e foi o que busquei fazer”, afirmou o desembargador.
Para o conselheiro Mauro Martins, o CNJ tem uma função essencial.
“Como juiz de carreira, eu enxergava o CNJ de uma forma um pouco resistente. Mas o Conselho Nacional de Justiça possui um papel extremamente importante. Enganam-se aqueles que imaginam que o CNJ existe para punir magistrados. Essa é uma função importante, necessária, mas longe de ser a sua principal. O CNJ cria e desenvolve políticas públicas. Foram inúmeras iniciativas que eu pude participar, acompanhar e verificar o quão importante para o Sistema de Justiça é o CNJ. Foi uma honra imensa ter podido participar desse egrégio colegiado”, concluiu.
O presidente do CNJ, ministro Luís Roberto Barroso, elogiou o desembargador.
“Apesar de termos convivido por pouco tempo aqui no CNJ, todas as referências que ouvi de vossa excelência e esse breve convívio de quase dois meses me permitiram constatar a gentileza de trato com vossa excelência, uma personalidade leve, agradável, sua independência ao votar e, sobretudo, grande qualificação técnica, características que o levaram à posição que ocupa e à respeitabilidade de que desfruta perante o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.”
“Vossa excelência teve participação muito importante em grupos de trabalho e comissões relevantes aqui no CNJ. Vossa excelência parte deixando bons amigos e muito boas lembranças entre nós. Agradeço, em nome da Justiça brasileira, os bons serviços que prestou a ela e que continuará prestando no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro”, ressaltou o ministro.
Desembargador Mauro Martins
Magistrado desde 1993, Mauro Martins é carioca, formado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e mestre em Direito pela Universidade Estácio (2005). Foi defensor público do Rio de 1991 a 1993.
Como juiz, atuou em Juizados Especiais, Varas Cíveis, Criminais e Empresarial nas Comarcas da Capital, de Petrópolis, Casimiro de Abreu, Silva Jardim e Magé. Foi auxiliar da 3ª Vice-Presidência do TJ de 2006 a 2008 e de 2010 a 2011.
Promovido a desembargador em 2012, integra a 21ª Câmara de Direito Privado do TJ-RJ. Coordenou a Comissão Estadual dos Juizados Especiais (Cojes) no biênio 2019/2020 e a Comissão de Articulação dos Juizados Especiais Cível e Criminal dos Grandes Eventos (Cejesp) de 2015 a 2019.
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