Convidada pela AMAMSUL (Associação dos Magistrados de Mato Grosso do Sul) e pelo TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), a presidente da AMAERJ, Renata Gil, participou nesta sexta-feira (30) do 1º Fórum de Igualdade de Gênero nas Instituições, em Campo Grande (MS). Ela falou sobre a ocupação de espaços institucionais pelas mulheres.

“A luta pela participação ativa da mulher no mercado de trabalho e na vida em sociedade como um todo é árdua e não terminou. Apesar de sermos mais da metade da população brasileira, isso não se reflete na nossa participação nos diferentes Poderes. Uma mudança de paradigma se faz urgente”, destacou.

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O encontro reuniu magistrados, promotores, defensores, procuradores, advogados, professores, delegados de polícia e representantes de outras carreiras jurídicas.

Primeira mulher a presidir a AMAERJ, Renata Gil apresentou um panorama histórico sobre a participação e as conquistas das mulheres na sociedade e no Poder Judiciário. Ela citou dados da pesquisa da AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros) “Quem somos: a Magistratura que queremos” e do “Perfil Sociodemográfico dos Magistrados”, do CNJ (Conselho Nacional de Justiça).

“Enquanto as mulheres representam 52% da população brasileira, a sua participação no Judiciário ainda é bem menor que a masculina – apenas 37% são mulheres. As mulheres ainda progridem menos na carreira jurídica em comparação com os homens. Elas representam 44% no primeiro estágio da carreira [juiz substituto] e passam a corresponder a 39% dos juízes titulares. O número de magistradas, contudo, se torna menor de acordo com a progressão na carreira: representam 23% dos desembargadores e 16% de ministros de tribunais superiores.”

O Estado com a maior proporção de mulheres na magistratura é o Rio de Janeiro, com 48,6%. “Políticas públicas de fomento a essa participação já existem, mas isso não basta. Educação, nada além disso”, afirmou Renata Gil.