Com a presença do presidente da AMAERJ, Felipe Gonçalves, foi inaugurado neste domingo (13) o Monumento em Memória às Vítimas do Holocausto Gerson Bergher, no Morro do Pasmado (Botafogo, Zona Sul do Rio). O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) e do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), Luiz Fux, participou da solenidade.
O ministro destacou a importância da iniciativa. “O maior perigo da humanidade é a indiferença. Tudo isso ocorreu por força da indiferença. E não relembrar o holocausto significa matar essas pessoas novamente. Esta obra representa uma memória, para que nós não padeçamos desse vício da indiferença. E, pelo contrário, continuemos a manifestar a nossa indignação.”
O presidente Jair Bolsonaro foi representado pelo chefe da Secretaria de Comunicação (Secom) do governo federal, Fábio Wajngarten. Ele recordou o sofrimento de seus antepassados. “Não podemos esquecer as atrocidades do Holocausto, neto que sou de sobreviventes. Minha avó tinha número tatuado no braço. O que a minha avó contou, eu nunca vou esquecer.”
O governador em exercício Cláudio Castro falou sobre a simbologia do espaço para a sociedade. “A inauguração desse monumento passa uma importante mensagem de respeito, amor e tolerância que é fundamental para a sociedade atual. Esse discurso de polarização, que é visto no mundo inteiro, principalmente na internet, gera ódio. E a história mostra onde isso pode chegar. Temos que recuperar a capacidade do diálogo.”
O embaixador de Israel no Brasil, Yossi Avraham Shelley, também esteve no Pasmado. “Este memorial vai manifestar ‘Holocausto nunca mais’, e todas as pessoas que virão visitá-lo lembrarão que isso jamais deve acontecer novamente”, afirmou.
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O monumento
Localizado no bairro de Botafogo, o monumento foi construído no Parque Yitzak Rabin. Com 1.624 metros quadrados, o monumento de quase 20 metros de altura tem em sua base o mandamento judaico-cristão “Não matarás”.
O idealizador foi o ex-vereador Gerson Bergher (1925-2016). O projeto do arquiteto André Orioli foi escolhido em 1998, por meio de um concurso público nacional promovido pela Prefeitura do Rio e pelo Instituto dos Arquitetos do Brasil.
As obras começaram em fevereiro de 2019. O empreendimento é resultado de parceria entre a prefeitura, a Associação Cultural Memorial do Holocausto e a iniciativa privada.
O local abrigará um museu, com previsão de abertura em 2021. Além de programação educacional, haverá exposições nacionais e internacionais com temas relacionados aos direitos humanos.
A expectativa é que o memorial opere em cooperação com instituições estrangeiras vinculadas à causa, como a Casa Anne Frank (Holanda) e os memoriais de Jerusalém (Israel) e de Washington (EUA).