A 12ª edição do Prêmio Innovare – que identifica, premia e busca disseminar práticas que aperfeiçoam o Judiciário – encerrou nesta quinta-feira seu período de inscrições, estabelecendo um recorde para o número de candidatos. Depois de receber 367 projetos em 2014, a edição deste ano analisará 667 iniciativas, que se dividem entre as sete categorias do prêmio. Com 244 inscritos a categoria Justiça e Cidadania, que acaba de ser criada, foi a mais procurada.
A categoria Advocacia ficou em segundo lugar, com 102 projetos inscritos. A Juiz veio em seguida, com 77 projetos, cinco a mais do que a categoria Ministério Público, com 72 iniciativas. Disputam o prêmio Tribunal 64 projetos, e o Defensoria Pública, outros 44.
A sexta categoria é a Premiação Especial, que na edição deste ano teve o seguinte tema: “Redução das ações judiciais do Estado: menos processos e mais agilidade”. Nela, inscreveram-se 64 projetos vindos não necessariamente de pessoas ligadas ao meio jurídico, mas também de cidadãos dispostos a “desafogar o sistema Judiciário”.
“As práticas inscritas este ano serão igualmente benéficas ao sistema de Justiça e seus agentes, contribuindo para dar mais celeridade aos processos, inovar tecnologicamente seus afazeres, humanizar a relação com o cidadão e, sobretudo, que estas práticas sejam replicadas por todo o país”, destacou o ministro do Supremo Tribunal Federal e presidente do Conselho Superior do Innovare, Ayres Britto, em nota.
Entre junho e julho, todos os 667 projetos inscritos serão visitados por consultores que precisarão confirmar que as práticas descritas são realmente executadas e colaboram com o aperfeiçoamento da Justiça. A cerimônia de premiação acontecerá no STF, em Brasília, em dezembro.
O Prêmio Innovare foi criado em 2004 e já premiou mais de 150 projetos desde então. De acordo com pesquisa da cientista política Maria Tereza Sadek, da USP, mais de 90% das iniciativas vencedoras do Innovare estão em funcionamento. No site do prêmio, estão listadas tanto as práticas que foram inscritas quanto as que venceram todas as edições.
No ano passado, o Prêmio Especial foi para o professor de Matemática Adalberto Teles Marques, de Jaboatão dos Guararapes, em Pernambuco. Com sua equipe, ele desenvolveu um modelo de ressocialização de adolescentes em privação de liberdade, tendo a Educação como motivadora. Os adolescentes em seu Centro de Atendimento Sócio Educativo são submetidos a uma rotina diária de aulas do currículo escolar e de oficinas de capoeira, arte circense e informática.
O prêmio é uma realização do Instituto Innovare, da Secretaria de Reforma do Judiciário do Ministério da Justiça, da Associação de Magistrados Brasileiros, da Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp), da Associação Nacional dos Defensores Públicos (Anadep), da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), da Associação Nacional dos Procuradores da República e da Associação Nacional dos magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), com o apoio do Grupo Globo.
Fonte: O Globo