No dia seguinte ao ataque à juíza Tatiana Moreira Lima, em São Paulo, o lavrador Sueli Soares da Rocha, de 72 anos, tentou entrar com um revólver municiado com seis projéteis no fórum de Saquarema, Região dos Lagos do Rio de Janeiro. A segurança flagrou a arma no equipamento de raio-X, e os policiais militares o prenderam em flagrante. Sem porte de arma, ele afirmou que anda armado porque é ameaçado por uma pessoa que teve um parente assassinado há cerca de dois anos.
O homicídio foi cometido com um revólver calibre 38, como o apreendido com Sueli. Por esse motivo, o lavrador passou a ser suspeito do homicídio. Um confronto balístico será feito para verificar se os disparos foram feitos com a arma apreendida, que está com o número de registro raspado, de acordo com o juiz Bruno Rulière. Na casa de Sueli, um homem simples do interior, a Polícia Militar também encontrou um rifle.
Por conta dos episódios de São Paulo e de Saquarema, a AMAERJ (Associação dos Magistrados do Estado do Rio de Janeiro) solicitou ao TJ-RJ reforço da segurança de todos os fóruns do Estado, com detectores de metais, controle de acesso de visitantes –inclusive membros do Ministério Público e advogados– e a presença de PMs em salas de audiência.
A associação também pediu à AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros) que crie uma comissão para encaminhar ao CNJ (Conselho Nacional de Justiça) um Plano Nacional de Segurança de Magistrados.