Notícias | 04 de dezembro de 2015 13:52

Nova Loman e as escolas da magistratura em debate

O papel das escolas judiciais e associativas a partir do novo texto da Lei Orgânica da Magistratura (Loman) foi tema de debate no Encontro Nacional de Diretores de Escolas da Magistratura, na tarde de ontem (3), em Brasília. O diretor-presidente da Escola Nacional da Magistratura (ENM), da AMB, Cláudio dell’Orto, abriu as discussões lembrando que o tema tem suscitado debates e que se torna necessário elaborar propostas e encaminhar ao Supremo Tribunal Federal (STF) um texto-base que preserve a atuação das escolas associativas.

Os debates foram conduzidos pelo juiz Marcelo Piragibe, vice-diretor presidente da ENM. “Vamos definir o que queremos para a Escola no futuro, formar uma orientação para darmos ao estatuto da magistratura”, disse. Piragibe resgatou a história das escolas no mundo e no Brasil, onde a ENM surge em 1949, junto com a AMB. Nas décadas de 1970 e 1980 as escolas espalharam-se pelos estados, e outro marco significativo é a Emenda Constitucional 45, de 2004, que acabou por separar as escolas de diferentes segmentos.

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Para estimular as sugestões de pontos que merecem destaque no novo estatuto, Piragibe apresentou aos colegas um estudo feito pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) sobre o que os juízes esperam da carreira – com foco às questões das escolas. A partir daí, os magistrados discutiram propostas à nova Loman, levando em conta a busca pela unidade entre as escolas, preservando a pluralidade de ofertas.

Ficou definido que a ENM vai encaminhar ofícios às escolas de todo o Brasil para que estas enviem formalmente sugestões ao texto, e no dia 22 de fevereiro haverá uma reunião para estabelecer a redação final que será levada ao STF.

Enfam

Em seguida, o desembargador Fernando Cerqueira relatou o resultado de reunião com o ministro Humberto Martins sobre o trabalho que será desenvolvido em sua gestão na Enfam. Cerqueira e o secretário-geral da ENM, Eladio Lecey, integrarão a equipe da Escola já a partir deste mês, quando Martins toma posse, sendo que Lecey compõe também a comissão de transição da gestão.

“Tomamos conhecimento da situação geral da Enfam, e um dos pontos que nos deixou animados é o incremento do orçamento, o que vai permitir a oferta de mais cursos. Outra questão é o controle dos cursos que serão realizados com o atual cadastro dos magistrados de todo o Brasil, para que a Enfam possa certificar todos os cursos realizados pelas escolas judiciais e da magistratura”, informou Cerqueira.

“Para mim foi uma honra receber o convite da Enfam e me coloco à disposição dos colegas e das escolas para ser um elo entre todos. O ministro Humberto Martins está muito aberto a ideias novas e à integração, o que me deixa muito feliz”, disse Eladio Lecey.

Guia de cursos 2016

Para encerrar o encontro, os coordenadores estaduais da ENM reuniram-se para discutir alguns pontos e definir detalhamentos do Guia de Cursos 2016.

Fonte: AMB