“Não existe assunto mais importante do que a Reforma da Previdência.” Assim o desembargador Alcides da Fonseca Neto, presidente do Fórum Permanente de Segurança Pública e Execução Penal, deu início ao debate “A Crise da Previdência é uma Farsa?”, nesta sexta-feira (10), na EMERJ, no Centro do Rio. “Essa reforma mexe com todos nós. O discurso do Governo em favor dela tem sido muito forte. Porém, o contraponto tem tido muito pouco espaço nos debates. Sentíamos a necessidade de dar voz e discutir perspectivas diferentes sobre ela”, completou Alcides.
Acompanhado por mais de 300 pessoas, o evento abriu a oportunidade para que os desembargadores Ricardo Cardozo (Diretor-geral da EMERJ) e Jacqueline Lima Montenegro (presidente do TRE-RJ), o deputado federal Alessandro Molon (Rede/RJ), a professora Denise Gentil (Instituto de Economia da UFRJ), o auditor fiscal Vilson Antônio Romero (presidente do Conselho Executivo da ANFIP) e a jornalista Flávia Oliveira fizessem avaliações sobre a Reforma da Previdência apresentada pelo Governo Federal.
Membro titular da Comissão Especial da Reforma da Previdência, Alessandro Molon agradeceu o convite e reiterou sobre a necessidade de uma participação maciça da população neste assunto tão delicado.
“Fiquei muito feliz pelo convite de poder conversar sobre esse tema, que é de extrema relevância, porque afeta a vida de todos os brasileiros diretamente. Todo cidadão tem o dever de debruçar-se sobre esse assunto, já que ele vai mexer na vida do nosso povo por gerações. A EMERJ ter aberto espaço para esse debate foi uma contribuição muito grande para o Estado do Rio e para o Brasil”, disse Molon.
Colunista do jornal O Globo e comentarista de economia da GloboNews, Flávia Oliveira elogiou o nível do fórum e salientou sobre a importância do judiciário se posicionar em questões de grande relevância nacional.
“O debate foi excelente e de altíssimo nível, com argumentos críticos bastante interessantes e consistentes sobre a atual proposta de Reforma da Previdência. O Judiciário tem sido chamado crescentemente para arbitrar sobre questões que no passado diriam respeito só a política. Então, é muito importante que o Judiciário se posicione também na formação de opinião, analisando e levando em conta vários pontos de vista”, concluiu a jornalista.