O presidente do Senado, Renan Calheiros, afirmou nesta terça-feira (23) que não se deve haver “partidarização” da questão do reajuste dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele informou que vai discutir com os líderes o requerimento de urgência para a votação da matéria no Plenário, e lembrou que o reajuste salarial dos servidores do Judiciário não enfrentou a mesma resistência quando foi aprovado, em junho.
“Não devemos partidarizar essa discussão do reajuste dos ministros. Há um requerimento de urgência para ser apreciado pelo Senado Federal. Vou conversar com os líderes, com todos os envolvidos nessa discussão, e afinal decidir o que vai acontecer. Quando votamos o reajuste do Judiciário, que teve uma repercussão de mais de R$ 50 bilhões, não tivemos essa resistência toda. Então, mais do que nunca, é preciso conversar, ter racionalidade, bom senso. Estou dedicado a essa tarefa”, disse.
Um pedido de vista coletiva fez adiar, ontem (23), a votação do PLC 27/2016 na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). A proposta já foi aprovada pelo Plenário da Câmara, em junho, e pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado, no início de agosto.
De acordo com texto, o subsídio passaria de R$ 33.763,00 para R$ 36.814, em junho de 2016, e para R$ 39.293 em janeiro de 2017.