O Museu da Justiça, do Tribunal de Justiça do Rio, inaugura nesta quarta-feira, dia 13, a exposição: “Projeto Memória do Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro”. No evento, aberto só para convidados, também serão inauguradas as novas legendas descritivas dos 15 vitrais decorativos distribuídos pelo antigo prédio. A mostra oferecerá ao público visitante uma parte do acervo histórico do museu, composto de documentos, objetos, medalhas e indumentárias, entre outros itens.

A partir do dia 14 de junho a exposição, que é de longa duração, estará aberta ao público. A visitação pode ser feita de segunda a sexta, das 11h às 17h, com entrada franca. Esta é a primeira exposição a ser realizada após a reforma do antigo prédio, que ficou fechado por quase dois anos e foi reaberto no final do ano passado. A mostra acontece no 3º andar do Antigo Palácio da Justiça, à Rua Dom Manuel, 29 – Centro.

Parte do acervo do museu, que conta com cerca de 50 itens, será exposta pela primeira vez. As peças estarão distribuída em dois ambientes distintos: Salão Nobre e Salão dos Espelhos. Alguns dos destaques da exposição são o relógio de mesa do Tribunal de Justiça do Estado da Guanabara – órgão que funcionou no antigo Palácio da Justiça do Estado da Guanabara, de 1960 a 1974 – que tem como decorativo principal a representação de Moisés compondo a Torá (livro da Lei, para o povo hebreu); a bandeja em prata oval, com porta-tinteiro, utilizada para a escrita com bico de pena; a máquina de escrever alemã Mignon, pioneira em seu gênero na década de 50, pois usava fita, em vez de rolo de tinta para impressão dos caracteres do papel; e a urna de cédulas para votação do presidente do extinto Tribunal de Alçada Criminal, que funcionou também no antigo prédio, de 1975 a 1998; além de um porta bloco de mesa em madeira e metal, com elementos decorativos, representando os símbolos da Justiça (a balança e a espada).

Entre as condecorações, a mostra traz algumas que são destaque como a de inauguração do Estádio Municipal do Rio de Janeiro – Maracanã, que foi entregue ao desembargador Nelson Hungria, concedida a todas as instituições, personalidades civis e públicas que, de alguma forma, contribuíram para a construção do Estádio, que hoje é Patrimônio Histórico e Cultural de nossa cidade. E também a medalha comemorativa do Centenário de Nascimento de Rui Barbosa, concedida pela Fundação Casa de Rui Barbosa, em 1949, por ocasião das comemorações dos 100 anos de nascimento do jurista. A peça traz o perfil de Rui Barbosa e, no reverso, a reprodução da casa onde ele nasceu, em Salvador, em 1849.

Documentos importantes também serão expostos ao público, como o Registro Civil nº 1 do Brasil, do ministro Edgard Costa, datado de 1907, emitido pelo então Gabinete de Identificação e de Estatística, atual Instituto Félix Pacheco. O magistrado foi também ministro do Supremo, presidente do Tribunal de Justiça do Rio – que era a antiga Corte de Apelação – e o segundo diretor do IFP. O visitante poderá conhecer, ainda, entre outros, os inventários do jurista “Ruy Barbosa” – com a apresentação do primeiro tomo, que fala das casas da Rua São Clemente e de Petrópolis – e do comendador Joaquim José de Sousa Breves, que foi um dos maiores senhores e traficantes de escravos negros do Império (1804-1889).

A exposição “Projeto Memória do Poder Judiciário”, que tem como objetivo dinamizar a memória do Tribunal de Justiça do Rio, é uma iniciativa da Divisão de Gestão da Comunicação (DGICO), do Museu da Justiça, órgão subordinado à Diretoria Geral de Gestão do Conhecimento (DGCON), do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro.

Visitas guiadas

Além da mostra, o Museu da Justiça do Rio realiza, em julho, todas as terças, às 14h, e quartas-feiras, às 11h e 14h, as tradicionais visitas guiadas histórico-educativas ao Antigo Palácio da Justiça. O número máximo de participantes é de 40 pessoas e a entrada é franca. Mais informações, pelo telefone (21) 3133-3497 ou pelo e-mail seexp@tjrj.jus.br. As visitas mediadas promovidas pelo Museu já receberam, de janeiro a julho deste ano, cerca de 1.000 visitantes. Vale lembrar que, excepcionalmente, em virtude da inauguração da exposição, não haverá visita guiada nesta quarta-feira, dia 13.

Fonte: Museu da Justiça do TJ-RJ